De palco da Taylor Swift à piscina olímpica!
As piscinas modulares ganharão uma nova vida nos subúrbios de Paris após o evento
Com o início dos Jogos Olímpicos de Paris, grande parte da atenção em torno dos esportes aquáticos está voltada para a tentativa de deixar o rio Sena limpo o suficiente para as competições.
Mas, dentro da La Defense Arena, a maior arena coberta da Europa, um enorme projeto está revelando outro avanço sustentável: piscinas olímpicas que podem ser montadas, desmontadas e reutilizadas em outros lugares.
Duas piscinas modulares temporárias, fabricadas pela empresa italiana Mythra, sediarão todas as provas de natação e o campeonato de polo aquático da 33ª Olimpíada, além das disputas aquáticas dos Jogos Paralímpicos.
A preparação da estrutura, que começou no dia 20 de maio, após o fim da série de shows da cantora Taylor Swift na cidade, levou 36 dias. As piscinas, que medem 50 metros por 25 metros, exigiram 20 caminhões lotados de painéis, materiais e peças, incluindo 47 toneladas de componentes de aço inoxidável e PVC parcialmente reciclado.
Após os jogos, as estruturas serão desmontadas, transportadas e remontadas como piscinas permanentes nos bairros de Sevran e Bagnolet Est Ensemble, em Paris. Esta é, na verdade, a terceira vida dessas piscinas específicas; as peças originalmente foram usadas nas provas aquáticas da Olimpíada de Londres, em 2012.
Utilizar este método ajudará a atingir as metas de sustentabilidade desta edição dos Jogos Olímpicos. O sistema modular reduzirá as emissões de carbono pela metade em comparação com a construção tradicional de aço e 100% da membrana do piso será reciclada.
Um reaproveitamento semelhante foi feito com outra piscina Myrtha, usada pela equipe de natação dos EUA nas seletivas olímpicas em Indianápolis, em junho. As duas piscinas montadas dentro do Lucas Oil Stadium, casa do time de futebol americano Indianapolis Colts, serão posteriormente remontadas nas Ilhas Cayman e em Fort Wayne, no estado de Indiana.
A empresa vem aprimorando sua tecnologia de piscina modular de aço inoxidável desde 1961, de acordo com John Ireland, diretor técnico da Myrtha nos EUA. Ela foi responsável por várias das piscinas usadas em Olimpíadas desde os Jogos de Atlanta, em 1996, e monta cerca de 1,5 mil por ano.
Muitos de seus modelos de competição incluem pisos que permitem que a mesma estrutura seja utilizada em diferentes provas. As piscinas na La Defense serão alteradas na noite do dia 4 de agosto para a competição de polo aquático que começa no dia seguinte.
“A coordenação com o local e os subcontratados auxiliares sempre exige muita preparação e esforço”, diz Ireland. “Damos atenção especial às preparações de design anos antes de um evento para garantir que tudo, desde os suportes estruturais até as interfaces utilitárias, seja planejado e verificado diversas vezes para garantir uma entrega impecável.”
A instalação olímpica deste ano marca a estreia do sistema Myrtha Breathe, que utiliza uma técnica emprestada da indústria de tratamento de águas residuais para remover subprodutos da desinfecção, como cloraminas e halometanos, do processo tradicional de limpeza química.
O ar é enviado através de tubos porosos que ficam na base de uma calha ao redor da piscina, criando bolhas finas que absorvem os subprodutos químicos, que são capturados e sugados. O processo reduzirá a energia necessária para limpar a piscina e removerá produtos químicos do ar compartilhado pelos 40 mil torcedores na La Defense.
Mas a Nike está se esforçando para reverter essa situação. Os executivos anunciaram, em uma conferência com acionistas sobre os resultados da companhia no mês passado que tênis “verdadeiramente inovadores” estão chegando no primeiro semestre de 2025.
