Em 2025, use e abuse das relações intergeracionais

Os mais velhos trazem bagagem, experiência, calma. Os mais jovens vêm com energia, inovação e uma visão fresca da vida.

Créditos: EmirMemedovski via Getty images

Mórris Litvak 2 minutos de leitura

Fim de ano é aquela época em que a gente dá uma pausa para pensar no que realmente importa. É quando percebemos que, por mais que as conquistas profissionais sejam incríveis, são as pessoas que deixam nossa vida mais completa.

E é nesse clima de reflexão que quero te fazer um convite para 2025: que tal usar e abusar das conexões intergeracionais, não só no trabalho, mas em todos os aspectos da sua vida?

Vivemos em um mundo onde as gerações nunca estiveram tão conectadas – e ao mesmo tempo, tão distantes. Tem gente que passa o dia todo falando com pessoas no WhatsApp ou no Instagram, mas não puxa uma conversa com o avô que está na sala ao lado.

Ou que acha incrível aprender algo novo no YouTube, mas não percebe que aquela tia mais velha é praticamente uma enciclopédia ambulante de histórias e sabedoria.

Se tem algo que aprendi nesses 10 anos trabalhando com o público 50+ é que cada geração tem algo único a oferecer. Os mais velhos trazem bagagem, experiência, calma. Os mais jovens vêm com energia, inovação e uma visão fresca sobre a vida.

Quando colocamos tudo isso para trocar, o impacto é transformador – e não estou falando apenas do ambiente de trabalho, onde isso já é fundamental e comprovadamente rentável.

As relações intergeracionais são sobre isso: compartilhar, aprender, ensinar.

Imagine como seria se, em 2025, cada um de nós criasse mais momentos para conectar essas gerações no dia a dia. Pode ser algo simples: um almoço de família onde você escuta, de verdade, as histórias dos mais velhos. Uma tarde jogando videogame com os netos ou sobrinhos, mesmo que você nunca tenha encostado num controle antes

 Ou até aquele momento em que você ensina algo que domina para alguém de outra geração – ou se permite aprender algo totalmente novo com quem tem 20, 30, ou até 50 anos a menos que você.

Eu mesmo me inspiro muito com as diferenças geracionais na minha própria vida. Foi minha avó quem me mostrou o valor do trabalho e da dedicação até os seus 82 anos trabalhando – e são meus sobrinhos que me ensinam, todos os dias, que dá para aprender com leveza e bom humor, mesmo no meio das novidades tecnológicas que eles dominam tão bem.

As relações intergeracionais são sobre isso: compartilhar, aprender, ensinar. Mais do que nunca, precisamos dessas trocas para nos reconectar ao que é humano e essencial. Não é sobre quem está certo ou quem sabe mais – é sobre enxergar a riqueza que existe nas diferenças. Somos complementares na diversidade etária!

Que as diferenças entre gerações virem pontes, não muros, criando assim ambiente de diálogos intergeracionais.

Então, meu desejo para você em 2025 é simples: que você use e abuse dessas conexões. Que as diferenças entre gerações virem pontes, não muros, criando assim ambiente de diálogos intergeracionais. Que as histórias contadas inspirem, que os aprendizados transformem e que cada encontro gere momentos inesquecíveis. E que isso aconteça com muita humildade, curiosidade e empatia.

Porque no final do dia, é isso que levamos: as conexões que criamos e os vínculos que construímos. Boas festas e um 2025 cheio de trocas, crescimento e, claro, muita inspiração e inclusão intergeracional. Esse é o futuro!


SOBRE O AUTOR

Mórris Litvak é fundador e CEO da Maturi, plataforma líder no Brasil para profissionais 50+. Engenheiro de Software pela FIAP, com pós... saiba mais