Conheça o Paradox, um museu diferente, imersivo e totalmente instagramável

O Paradox Museum Miami faz parte de uma tendência global de experiências imersivas de arte

Crédito: Paradox Museum Oslo/ Tripadvisor

David Fischer 3 minutos de leitura

Galeria de arte, exposição científica e parque de diversões do século 21: o Paradox Museum Miami é tudo isso ao mesmo tempo. A experiência imersiva que ele propõe leva os visitantes por um tour de ilusões óticas e outras pegadinhas feitas sob medida para a era do Instagram.

O museu de mil metros quadrados, localizado no moderno bairro de arte e entretenimento Wynwood, em Miami, conta com mais de 70 exposições que estimulam a imaginação.

"Ele varia entre períodos de peças de exibição altamente táteis e interativas e oportunidades totalmente imersivas para fotos, onde você mesmo se torna parte da obra e sai com um conteúdo divertido e único para as redes sociais", descreve a diretora executiva Samantha Impellizeri.

"Cada ‘paradoxo’ proposto pelo museu está exclusivamente ligado à sua comunidade", afirma Impellizeri. “Paradoxo", nesse caso, é a própria experiência de jogar com percepções e expectativas.

Ao caminhar pelos ambientes, você vai perceber diferentes temas e instalações artísticas que refletem diretamente não só Miami, mas a comunidade de Wynwood especificamente. O Paradox Museum tem mais de uma dúzia de locais na América do Norte, Europa e Ásia.

Muitas das exposições do Paradox Museum lembram os antigos parques de diversões sazonais, com o labirinto de espelhos, o túnel giratório e a sala de cabeça para baixo. A diferença é que o Paradox Museum explica a matemática e a ciência por trás de cada ilusão.

Instalação de arte no Paradox Museum Miami
Crédito: Paradox Museum Miami

Como qualquer museu, o Paradox Museum planeja atualizar constantemente suas exposições para manter os visitantes voltando. "Não seremos o mesmo espaço daqui a um ou três anos", diz Impellizeri. "Vamos estar envolvidos com novas tecnologias e fazendo novas descobertas com elas."

No outono passado, o Paradox Museum Miami apresentou uma nova sala de Gravidade Zero. Os visitantes entram em uma roda vertical gigante que se move lentamente, projetada para parecer o interior de uma estação espacial, depois de colocarem seus celulares em um suporte giratório.

Instalação de arte no Paradox Museum Miami
Crédito: Paradox Museum Miami

A câmera que gira é sincronizada com a roda giratória, então o vídeo parece mostrar os visitantes caminhando pela parede e pelo teto, como algo saído do filme "2001: Uma Odisséia no Espaço".

O Paradox Museum Miami faz parte de uma grande tendência de experiências imersivas de arte que estão abrindo as portas pelo mundo, como uma empresa chamada Meow Wolf, com vários endereços no oeste dos Estados Unidos, ou uma exposição imersiva de Van Gogh que está em turnê pela América do Norte, Europa e Ásia desde 2017. O Superblue Miami também foi inaugurado em 2021, com arte interativa e experimental.

Instalação de arte no Paradox Museum Miami
Crédito: Paradox Museum Miami

"As experiências imersivas ao redor do mundo estão aumentando em popularidade e se multiplicando", comenta Impellizeri. "É empolgante ver essa tendência de experiências interativas e imersivas decolando, permitindo que os visitantes se tornem parte da arte, parte da instalação em si."

As experiências imersivas são uma progressão natural dos locais fechados dedicados ao entretenimento, como pistas de kart, laser tag, paintball, paraquedismo indoor, salas de fuga (scape rooms) e parques de trampolins, explica Dennis Speigel, chefe da consultoria International Theme Park Services.

Instalação de arte no Paradox Museum Miami
Crédito: Paradox Museum Miami

São atrações de menor escala que os visitantes levam algumas horas para percorrer, em vez de uma atividade de dia inteiro, como visitar um parque de diversões. Normalmente, os visitantes levam de 60 a 90 minutos para percorrer o Paradox Museum.

"São conjuntos de pequenas atrações que já temos na indústria há anos, aprimoradas pela nossa nova tecnologia, como realidade aumentada e realidade virtual, para tornar a experiência nova e algo que as pessoas ainda não viram", resume Speigel. "É uma espécie de evolução, em que tudo o que é antigo pode se tornar novo novamente."


SOBRE O AUTOR

David Fischer é repórter da Associated Press. saiba mais