Medida de segurança: esta SUV tem um airbag externo para proteger ciclistas
Novo sistema ajuda a proteger pedestres e ciclistas em caso de colisão. Mas, por enquanto, só está disponível no Japão

Caso um motorista do novo Subaru Forester atropele ciclista, um airbag externo é imediatamente acionado para ajudar a proteger do impacto a pessoa na bicicleta.
A SUV, que traz esse recurso apenas nos modelos vendidos no Japão, não é o primeiro veículo da marca a contar com um airbag externo. A Subaru já oferece airbags de proteção para pedestres em seus carros japoneses há quase uma década. A diferença agora é que, segundo a montadora, este é o primeiro sistema do mundo projetado também para proteger ciclistas.
A ideia é simples e faz todo sentido. “Os airbags já se mostraram eficazes para proteger quem está dentro do carro”, afirma Ben Crowther, diretor de políticas da America Walks, organização que promove segurança e mobilidade para pedestres. “Há muitos testes mostrando que eles também podem ajudar a proteger quem está do lado de fora.”
O capô do modelo foi projetado com o mínimo possível de componentes rígidos e com estruturas que se deformam com facilidade – para amortecer o impacto em caso de colisão.
Já a parte inferior do para-brisa e as colunas laterais precisam continuar rígidas, pois fazem parte da estrutura do veículo. São justamente essas áreas onde ocorrem os impactos mais graves em casos de atropelamento – e é nelas que o airbag externo em formato de “U” atua.
No caso dos ciclistas, o impacto tende a acontecer mais acima, na região do para-brisa. Por isso, a montadora redesenhou o airbag para cobrir uma área maior. O sistema é ativado por sensores que detectam um certo nível de pressão na parte dianteira do carro.
O veículo conta com diversos outros recursos de segurança. Ao acionar a seta para virar, por exemplo, os faróis iluminam a lateral à frente, facilitando a identificação de pedestres e ciclistas. Um conjunto de três câmeras e um radar amplia o campo de visão em relação aos modelos anteriores, aumentando a capacidade de detectar pessoas na via.
O novo design também busca reduzir ao máximo os pontos cegos em todas as direções. Esses avanços fazem parte da meta da Subaru de zerar as mortes no trânsito envolvendo seus veículos até 2030.
Ainda assim, é possível ir além – e uma das maneiras mais eficazes de aumentar a segurança é diminuir o tamanho dos carros.
Fora o design dos veículos, a infraestrutura faz toda a diferença: ciclovias, por exemplo, reduzem consideravelmente o risco de colisões. Os limites de velocidade são outro fator crucial. Um estudo mostra que, ao ser atingido por um carro a 32 km/h, o pedestre tem 5% de chance de morrer. A 48 km/h, esse risco sobe para 45%. A 64 km/h, chega a 80%.
O airbag externo não é uma solução definitiva, mas pode ajudar. Mesmo assim, é pouco provável que esse tipo de tecnologia chegue ao Ocidente tão cedo – especialmente em um momento no qual as montadoras norte-americanas já lidam com custos elevados de produção, agravados pelas tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump.