O dia em que conheci o presidente de Cannes
Resgatar essa memória traz reflexões acerca de como é importante se jogar sem medo nas conexões e nutri-las sempre
Com o começo da contagem regressiva para o Festival de Cannes, me peguei em uma reflexão. Sempre digo que a vida corporativa é sobre coragem, algo que continuarei pontuando em toda oportunidade. Mas agora vejo que também é sobre afeto.
Para entender melhor o que estou dizendo nesse começo de texto, preciso explicar o começo da minha relação com esse evento, ou melhor, com o CEO do Cannes Lions. Essa história perpassa grande parte da minha experiência profissional e hoje vejo que o caminho de valorização da conexão tem sido trilhado por muito mais tempo do que eu havia percebido.
Então, partindo do início com a Dani Bueno (quando ainda carregava o meu sobrenome de solteira), 19 anos, estagiária da DM9, impactada com o dia a dia, com a rotina de agência frente a um evento como o Festival de Cannes, a correria de toda a equipe para garantir as entregas dentro de prazos apertados e com o glamour do evento. Isso tudo suscitou, neste primeiro contato com o festival, um sentimento de não pertencimento, por supor ser esse um local de pessoas inacessíveis.
A conversa que tive com o executivo do Cannes Lions foi centralizada na garantia de mais acesso, mais diversidade e mais ações sociais no festival.
Essa linha do tempo dá um salto para o ano de 2022, quando surgiu a possibilidade de cobrir um evento em que o CEO foi convidado para falar sobre tendências criativas e… o resto é história! Mas calma, vou dar continuidade a esse relato.
O que aconteceu nesse evento foi, como vejo agora, mais uma experiência característica da minha jornada no meio corporativo: repleta de muita coragem, autenticidade e afeto. Digo isso porque, frente a um evento que eu já havia julgado como glamuroso, fui despretensiosamente a esse encontro, sem saber o que me esperava. Lá, fiz conexões com pessoas que desde então são importantes aliados e companheiros de jornadas e estão lado a lado comigo em diversas ações.
Essas parcerias foram possibilitadas por acesso a esses locais, obviamente, mas também pela vontade de diversas pessoas do meio de fazer acontecer e revolucionar o mercado. A conversa que tive com o executivo do Cannes Lions – que não foi nada menos do que solícito e deu um tom fluido a esse bate papo – foi centralizada na garantia de mais acesso, mais diversidade e mais ações sociais no festival.
o grupo Publicitários Negros viabilizou a ida de quatro jovens negros para sua primeira experiência em um festival internacional de criatividade.
O mais bacana é que ele me via, estava inteiro nesse encontro e me escutava como uma profissional que tinha expertise no mercado. Desde então, estabelecemos um laço de colaboração e respeito. Uma pessoa que eu acreditava ser quase um super-humano em um pedestal inatingível se tornou uma conexão rotineira nessa jornada.
Esse encontro resultou em uma relação de networking entre pessoas que compartilham paixões. Neste ano do festival, pude fazer parte do projeto de ativação do grupo Publicitários Negros, mais conhecidos como PN. O grupo possibilitou contato com pessoas queridas e de mindset revolucionário, como Gabriela Rodrigues e Luna Oliveira.
Também possibilitou a ida de quatro jovens negros – totalmente patrocinada por grandes agências e grupos de comunicação, como Almap, FCB, Talent Marcel, Grupo WPP, Sua Praia e Rede Globo – para sua primeira experiência em um festival internacional de criatividade.
Resgatar essa memória trouxe reflexões acerca de como é importante se jogar sem medo nas conexões e nutri-las sempre. De um encontro surgiram inúmeros projetos e parcerias de impacto pessoal e social. É de se fazer pensar nas contribuições individuais que fazemos diariamente para incentivar as mudanças que queremos ver no nosso meio.
Espero que essa história inspire você hoje a compartilhar seus projetos e criar conexões sem medo.
Confira cobertura Cannes Lions 2023!