Cannes Lions 2024 | Daniela Galego

Daniela Galego é head de publicidade da Uber

Crédito: Fast Company Brasil

Redação Fast Company 3 minutos de leitura

As marcas sempre ditaram conversas e criaram tendências. Agora, também respondem às demandas da sociedade, principalmente em relação à pauta ESG. Como você enxerga o papel da Uber na promoção de uma sociedade mais justa e sustentável?

A Uber é uma empresa que impacta a vida de milhões de pessoas em todo o mundo, seja por meio dos parceiros que geram renda pela plataforma dirigindo ou fazendo entregas, por usuários e empresas que anunciam conosco, se movimentam, enviam e recebem itens, ou que consomem nas diferentes opções oferecidas no app.

Só no Brasil, mais de 125 milhões de pessoas já usaram a Uber de alguma forma, o que mostra o quanto nos tornamos significativos para a sociedade. Por isso, ao planejar o futuro da empresa e como ela impacta todo o nosso ecossistema, obrigatoriamente temos que pensar em como tornar as nossas operações sustentáveis no longo prazo. 

Temos como meta global zerar as emissões da plataforma até 2040, e já estamos trabalhando com foco em alcançar esse objetivo o quanto antes.

No início de maio, anunciamos que traremos em breve o Uber Green para São Paulo, uma opção de viagens em carros 100% elétricos, como forma de potencializar esse compromisso que temos com a sociedade brasileira. Vamos começar por São Paulo, mas expandiremos para mais cidades com o tempo.

Somos os primeiros do segmento a oferecer esse tipo de categoria. Entendemos que esse comprometimento faz parte do nosso DNA e ajuda a movimentar a indústria a seguir nesse caminho.

Falamos sempre que esse assunto é como se fosse um jogo longo e coletivo no qual contamos com o comprometimento de muitos outros participantes para que a gente consiga alcançar o objetivo desejado no fim.

Como você mede o impacto de uma campanha em termos de sustentabilidade e justiça social? Quais são os maiores desafios que as marcas enfrentam ao tentar alinhar suas operações com objetivos socioambientais?

Hoje em dia já é nítido como o tema socioambiental se transformou em um assunto prioritário para as marcas ao redor do mundo. Percebemos uma mudança na comunicação dos nossos clientes, inclusive muitos buscam nossa segmentação diferenciada para impactar audiências que conversem com a temática.

Temos como meta global zerar as emissões da plataforma até 2040 e estamos trabalhando para alcançar esse objetivo o quanto antes.

As empresas que anunciam seus produtos ou seus serviços na plataforma da Uber veem uma taxa de engajamento de cinco a seis vezes maior do que em outros meios mais tradicionais de anúncios. Isso acontece porque otimizamos e escolhemos quem é o público-alvo de cada anúncio como poucas empresas conseguem.

Ao enviar um anúncio personalizado para um usuário que tem interesse natural por aquele produto, evitamos desperdícios de todos os lados e conseguimos fazer com que os anunciantes ganhem nos resultados e os usuários ganhem na experiência e no tempo.

Essa mágica de juntar as duas pontas de forma otimizada, por meio da análise de dados, proporciona um caminho incrível e que, no longo prazo, se torna sustentável para todo o ambiente: anunciantes querem voltar porque encontram resultados melhores e usuários percebem o valor de consumir o que é proposto pela Uber porque entendem que há uma análise de dados anterior que oferece aquilo que interessa.

Como você vê o futuro da publicidade em um contexto de maior demanda por práticas socioambientais?

O futuro da publicidade está na criação de campanhas autênticas, que transmitam, de forma clara e transparente, o propósito e os valores das marcas, alinhados a práticas socioambientais, causas sociais, diversidade e inclusão.

Além disso, os anunciantes devem escolher veículos e parceiros que compartilhem esses mesmos propósitos, garantindo ambientes seguros e apropriados para conectar suas marcas com os seus consumidores.


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