CEO da IBM fala sobre IA, cadeia de suprimentos e transformação digital

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O presidente e CEO da IBM, Arvind Krishna, participou ontem de uma conversa entusiasmada sobre tecnologia e varejo na NRF 2022, compartilhando insights não apenas sobre o setor, mas também sobre aceleração e mudança em sua própria empresa.

Krishna foi acompanhado por Jon Fortt, co-âncora do “TechCheck” da CNBC, e abordaram tópicos como otimização de estoque, personalização, blockchain, moedas digitais, inteligência artificial, cadeia de suprimentos, dez anos de transformação digital ocorrendo em dois, e o uso de energia limpa nas instalações da IBM.

Em vez de “just in time”, agora é “just in case”, anunciou Krishna. Ou seja, uma visão de longo prazo é cada vez mais importante – e a tecnologia pode e precisa ajudar. Isso inclui a necessidade de perceber qual será a demanda real do cliente e se a cadeia de suprimentos correta está em vigor para impulsionar a área de atendimento de forma a atender às demandas dos consumidores, mesmo que as demandas estejam sempre mudando.  

ACOMPANHANDO O CONSUMIDOR EM CONSTANTE MUDANÇA 

Este mês, o IBM Institute for Business Value e a NRF divulgaram um estudo sobre consumo que confirmou a necessidade de os varejistas se tornarem cada vez mais ágeis na integração de experiências digitais com a loja física. Quase dois terços (72%) dos entrevistados usam a loja física como parte integral ou parcial de seu principal método de compra principal, enquanto 27% dizem que as compras híbridas – misturando canais físicos e digitais – são seu método de escolha (36% entre a Geração Z). “Os esforços omnicanal nunca foram tão importantes, e os varejistas que não possuam sistemas de dados adequados estarão em desvantagem”, disse Krishna.

Outra observação importante feita por Krishna sobre a jornada do cliente: “em vez de o cliente ser leal à loja, houve uma mudança para saber se a loja é leal ao cliente, criando uma experiência que agrade ao cliente”, alerta ele.

A relação se tornou mais bidirecional, disse ele. “Quando você entra em uma loja ou ambiente virtual, toda a sua perspectiva é: ‘estou sendo bem tratado?’”

COMPROMISSO COM A SUSTENTABILIDADE 

Esse mesmo estudo da IBM/NRF descobriu que 62% dos entrevistados estariam dispostos a mudar seus hábitos de compra para reduzir o impacto ambiental, contra 57% dois anos antes. Além disso, metade dos entrevistados dizem que estão dispostos a pagar mais caro pela sustentabilidade.

“No final de 2020, a IBM assumiu um forte compromisso com o uso de energia limpa, com o objetivo de atingir 100% de uso de energia limpa até 2030”, disse Krishna. “A empresa terá 65% de uso de energia limpa até 2025. É um esforço importante para clientes e funcionários”, disse ele.

“Devemos continuar construindo usinas a carvão?”, instiga Krishna. “Quando a empresa começou a examinar a questão da produção energética, cerca de 30% de nosso uso de energia não era necessário, então isso já foi um bom começo. Espero que, à medida que a nossa política energética impulsione o mercado, se dissermos que queremos apenas usar energia limpa, isto pode ser vir como motivação para nossos parceiros produzirem mais energia limpa”, constatou. 

A reação tem sido positiva até agora, com os parceiros encontrando motivação para fazer o mesmo. E isso, disse ele, “é meio que como a indústria funciona”, conclui otimista.

Acompanhe a cobertura especial da Fast Company Brasil da NRF 2022. 


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