100 nãos para cada sim: Arlan Hamilton e a arte de não desistir

A investidora, que saiu do zero para levantar um fundo milionário, compartilha sua trajetória e conselhos para quem quer empreender

Créditos: SXSW 2025/ Freepik

Redação Fast Company Brasil 1 minutos de leitura

Arlan Hamilton não seguiu o caminho tradicional para se tornar investidora. Há pouco mais de uma década, ela não tinha dinheiro, emprego ou contatos no Vale do Silício. O que tinha era determinação e a certeza de que o mundo do venture capital precisava mudar. 

Aprendeu sozinha como funcionava o mercado, enfrentou centenas de recusas e, aos poucos, começou a construir o que hoje é a Backstage Capital, fundo milionário que já investiu em mais de 200 startups lideradas por mulheres, pessoas negras e outras minorias sub-representadas.

No South by Southwest (SXSW) 2025, Arlan Hamilton falou com a Fast Company Brasil sobre critérios para buscar novas startups e como avaliar bons pitches

Para ela, a honestidade é essencial ao apresentar um negócio. "Se você conseguir me ensinar algo, eu vou me interessar", afirma. Segundo a investidora, empreendedores precisam demonstrar confiança, evitar minimizar suas conquistas e saber contar sua história com clareza.

No mundo das startups de inteligência artificial, sua preocupação é com a superficialidade de algumas empresas que se vendem como tech, mas sem real inovação. "Colocar IA no nome não garante investimento. Investidores percebem quando isso não é real", aponta. O recado é direto: quem busca investimento precisa ter um diferencial real e sólido, e não apenas seguir tendências.

Para empreendedores negros, a pressão por excelência é ainda maior. A investidora reconhece essa barreira, mas também questiona a ideia de que o sucesso está apenas nos espaços tradicionalmente dominados por poucos.

"Temos que ser três vezes melhores para chegar na metade do caminho. Mas a questão é: em quais salas realmente queremos estar?", questiona. Para ela, empreender é também redefinir quais espaços importam – e, principalmente, criar os próprios espaços.

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