Qual o QI digital das 30 maiores emissoras de cartão de crédito?

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Ainda existe muito espaço para evolução do mercado de cartão de credito no digital, inclusive entre as fintechs. É o que constata o estudo “O Marketing Digital das 30 maiores emissoras de cartão de crédito” realizado pela Math Marketing, consultoria de DataScience Marketing, que analisou a maturidade digital de 30 empresas vinculadas à ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços). 

O levantamento aponta que o uso de cartão de crédito vem crescendo: em 2020, 10,9 bilhões de transações por cartões de crédito foram realizadas, movimentando  R$ 1,2 trilhão, o equivalente a 16% de todo o PIB nacional no mesmo período. O total transacionado teve aumento de 2,6% em relação a 2019, quando 123 milhões de cartões de crédito estavam ativos, de acordo com o Banco Central do Brasil. Uma alta de 18% em relação a 2018.

De acordo com o Banco Central, o crescimento se justifica pelo avanço em transações digitais, e pela queda em relação às taxas cobradas.

Relatórios da ABECS  apontam o ramo varejista como o segmento com maior número de transações em 2019. Foram 2,10 bilhões de transações e um ticket médio de R $180,91 – o segundo maior observado.

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

No Google, a pesquisa relacionada a bancos tradicionais e a pesquisa geral por cartão de crédito recuou de março de 2020 a março de 2021, enquanto fintechs e bancos digitais foram mais buscados pelos consumidores no mesmo período. Tendências de pesquisa por cartões sem anuidade e digitais (com atendimento facilitado por apps) aumentou.

A partir dados coletados pelo Semrush de abril do ano passado a março de 2021, o estudo mapeou uma tendência de pesquisas mais fortes com termos relacionados a alguma marca (ex.: “cartão de crédito nubank”). Já o termo amplo “fazer cartão de crédito” (principal palavra-chave derivada do universo “cartão de crédito”) possui uma média de 60 mil pesquisas mensais.

Bancos digitais e fintechs como Digio, C6, Nubank e Picpay alavancaram o interesse do brasileiro por “cartão de crédito”, enquanto bancos tradicionais como Banco do Brasil e Bradesco conseguiram sustentar o interesse com seus produtos. A procura pelos bancos digitais pode estar relacionada com o interesse por menores taxas. Isso pode ser reforçado pelo aumento de interesse pelo cartão Free, do Santander (considerado banco tradicional pelo estudo,  que acompanhou a tendência dos produtos de bancos digitais (o cartão é conhecido pelo seu caráter online, ausência de cobrança de anuidade e por ter requisitos mais flexíveis).

ESPAÇO PARA EVOLUÇÃO NO DIGITAL
A metodologia QI Digital mapeia oportunidades de melhorias e estratégias de otimização do engajamento por meio de seis pilares: conteúdo, técnico, automação de marketing, analytics, ads/mídia e experiência de busca. Em cada um desses quesitos, a Math Marketing observa que há espaço para evolução tanto para os grandes bancos quanto para as fintechs.

A empresa aponta que, além do crescimento constante há pelo menos quatro anos, este é um mercado que ainda apresenta muitas oportunidades sob dois aspectos: o país ainda tem uma grande população sem acesso a serviços bancários; de acordo com estudo do Instituto Locomotiva são 34 milhões de brasileiros desbancarizados; muitos dos concorrentes ainda são novos entrantes ou marcas que apenas começaram a entrar neste mercado e haverá um movimento de acomodação com algumas empresas se estabelecendo como líderes a médio e longo prazo.


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