Pesquisa indica que mais da metade dos brasileiros joga todos os dias pelo celular

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Encontrar a plataforma ideal para investir o orçamento e atingir em cheio o target de uma campanha – esse é o desafio de 10 em cada 10 profissionais que trabalham com marketing nessa era hiperconectada. Já vivemos a era dos anúncios de primeira página; dos comerciais de TV; o boom do Instagram veio e se consolidou. Agora, os vídeos curtos viraram o novo hype. Mas algumas marcas têm enxergado nos games um novo espaço de divulgação das suas mensagens e produtos. 

Uma pesquisa inédita divulgada pela Justmob, unidade de negócios mobile da Cisneros Interactive (empresa de marketing digital com forte atuação na América Latina), traz dados atualizados sobre como os brasileiros têm passado boa parte do tempo se divertindo com jogos digitais. Essa é uma das chaves que ajuda a destravar o caminho rumo a essa audiência em potencial. A pesquisa foi realizada durante o mês de janeiro de 2022, no Brasil e em mais cinco países da América Latina, e traz três premissas fundamentais.

A MASSA DE JOGADORES ESTÁ NO CELULAR

A pesquisa não deixa dúvida de que os brasileiros são amantes dos jogos para celular: três em cada cinco pessoas jogam diariamente. Como o celular é uma extensão do nosso corpo, nos acompanhando em praticamente todos os momentos, o ato de abrir um aplicativo e jogar uma partida se repete ao longo do dia: 76% jogam pelo menos três vezes ao dia.

Jogar pelo celular, hoje, ainda é mais sobre recorrência do que sobre permanência.

O tempo total despendido nessas partidas diárias é de, no mínimo, 40 minutos. Esse número precisa ser interpretado dentro de um contexto apontado por outras pesquisas. Como a da App Annie, que mostra que os brasileiros passam, em média, cinco horas por dia navegando pelos apps de seus celulares. A concorrência com os aplicativos de redes sociais ainda é grande, mas os jogos têm ganhado seu espaço. Jogar pelo celular, hoje, ainda é mais sobre recorrência do que sobre permanência.

JOGO É SOCIALIZAÇÃO, NÃO É BOLHA

Esqueça aquela generalização de que jogadores de games são jovens nerds solitários, incompreendidos pelo mundo, que se trancam em seus quartos e jogam games violentos. Com o início de um (longo) processo de democratização do acesso a pacotes de internet nos celulares e nas casas dos brasileiros, e com o empurrão gigante do isolamento social imposto pela pandemia, jogar videogame tem virado um ato social. 

Talvez seja difícil imaginar como apertar botões em uma tela possa ser sinônimo de socializar – que, no dicionário, é definido como “reunir-se em sociedade”, “transferir do individual para o coletivo”. A explicação passa por dois caminhos. O primeiro é o da socialização direta: usuários com boa conexão à internet e bons equipamentos, que se reúnem em plataformas que permitem jogar junto e conversar.

tratar o jogador como um ser social e não como um indivíduo isolado é uma das ferramentas para se comunicar com esse público. 

O segundo é o da socialização indireta: pessoas que passam a consumir conteúdo sobre games em todas as plataformas de áudio, vídeo, live, foto, texto – gerando novas comunidades – e que inserem o game em suas decisões diárias de consumo (roupas, acessórios, tênis, dispositivos personalizados), criando uma cultura gamer para além das telas. Socializar é sobre isso. 

Na pesquisa, isso se traduz em um percentual de 88% dos jogadores que declaram que consideram, sim, os jogos um ato social. Eles jogam por prazer, como uma forma de entretenimento, e 91% ficam muito felizes quando o fazem. Ou seja, tratar o jogador como um ser social e não como um indivíduo isolado é uma das ferramentas para se comunicar com esse público. 

“É interessante ver como os números continuam crescendo e como as pessoas pretendem manter seus hábitos, mesmo que estejamos no rumo do fim da pandemia. Em verdade, ela só confirmou que todo mundo joga para se entreter, mas também para se conectar com outras pessoas”, comenta Gonzalo Borras, diretor geral de áudio e mobile da Cisneros Interactive. 

UPGRADES SÃO MOEDA DE TROCA VALIOSA PARA QUEM JOGA 

Já sabemos que os jogadores brasileiros são fiéis ao seu joguinho diário. Mas será que estão dispostos a gastar dinheiro com isso? A pesquisa aponta que o público mais propenso a fazer algum tipo de transação financeira dentro dos jogos está na faixa dos 25 aos 34 anos de idade. É importante ressaltar que a pesquisa só especifica transações financeiras relacionadas ao enredo do jogo, como compra de mais vidas e itens de personalização para os avatares. Não são especificadas compras de produtos alheios ao jogo que tenham aparecido em anúncios durante a partida. 

o jogador brasileiro prefere assistir publicidade a abrir a carteira.

Um aspecto importante levantado pela pesquisa é que, entre assistir anúncios ou pagar para obter um recurso como vida extra ou algum conteúdo dentro do enredo (como uma peça para personalização do avatar), o jogador brasileiro prefere, majoritariamente, assistir o anúncio do que abrir a carteira. Ou seja, está disposto a consumir conteúdo publicitário para obter vantagens. Portanto, campanhas podem ser muito mais do que um anúncio de 15 segundos que interrompe o videoclipe. Elas podem funcionar como moeda de troca com a audiência em potencial. É preciso saber usar isso a seu favor. 

“O mobile game é um ambiente propício para se anunciar. Primeiro, porque é livre de fake news; segundo, porque as pessoas que o consomem fazem isso por causa do entretenimento, em momentos de descontração e felicidade. E, por último, porque anúncios em games geram um benefício real para os jogadores, que ganham itens virtuais em troca da sua atenção”, explica Rodrigo Tigre, country manager da Cisneros Interactive.


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