Por que as empresas devem estar atentas aos perfis geracionais dos gamers

As empresas que estiverem em busca do público que joga devem considerar essa questão ao direcionar seus investimentos de publicidade digital

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Leila Guimarães 3 minutos de leitura

O setor de jogos eletrônicos vem ganhando espaço entre consumidores do mundo todo e o fator principal é a popularização dos aparelhos celulares na vida das pessoas de diversas gerações. Atualmente, é difícil identificar alguém que não tenha presença online em aplicativos. O consumo de apps para celulares vem influenciando a sociedade, indo desde os hábitos de consumo até o momento de lazer, no qual observamos um aumento vertiginoso da prática de games para celulares. 

Segundo a primeira Pesquisa Nacional da Indústria de Games, realizada pela Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), o Brasil saltou de 375 estúdios com desenvolvimento de jogos para 1.009 empresas nos últimos anos.

Outro relatório, realizado por Brazil Games, ApexBrazil e Abragames, aponta que o mercado de mobile games movimentou US$2,3 bilhões no ano passado.

as gerações Z e millennial são as que passam o maior tempo de lazer jogando.

Com um cenário de consolidação do mercado de games no país, é importante entendermos quais são os perfis geracionais que estão atrelados ao consumo dos jogadores. As empresas que estiverem em busca do público que joga devem prestar atenção à questão geracional para direcionar seus investimentos de publicidade digital e ações personalizadas nos jogos. 

De acordo com levantamento da Newzoo (plataforma de dados sobre o setor de games), a geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) dedica 25% do seu tempo livre à prática de jogos, enquanto a geração baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964) dedica 10%. Destes, cerca de 92% jogam para relaxar.

Outro dado interessante é que 67% dos millennials (1981 a 1995) assistem a outros conteúdos atrelados aos jogos, número superior ao da geração X (1965 a 1981), que corresponde a 51%. 

ESTRATÉGIAS PARA DIFERENTES GERAÇÕES

Como era de se esperar, as gerações Z e millennial são as que passam o maior tempo de lazer jogando, em detrimento de outras opções de entretenimento. O celular continua unanimidade em todas as gerações, sendo o meio mais utilizado para jogar. Ainda, 40% da geração Z e 37% dos millennials afirmam estar engajados com jogos ao falar sobre o assunto em comunidades online, sites, blogs e até ouvindo podcasts.

Com isso, observamos que os perfis geracionais mais novos e avançados estão em evidência. Logo, não vincular marcas que buscam este público em publicidade de games mobile, pode ser um grande erro de planejamento estratégico. A audiência das gerações Z e millennial está nos games e não necessariamente aproveita o tempo livre nos meios de comunicação mais comuns, como a televisão.

Nunca foi tão importante construir estratégias de campanha para conversar com diferentes gerações dentro dos games.

Além do aspecto geracional para atuar em diferentes campos do mercado de mobile games, também é importante traçar estratégias que não apenas marquem presença no meio, mas ampliem a conversa com o público-alvo, visando maior assertividade no alcance.

É necessário gerar interesse de pesquisa sobre a marca ou o produto da ação. É como dizemos dentro do marketing: quem não é visto, não é lembrado. Por isso, nunca foi tão importante para as marcas estarem atentas à construção de estratégias de campanha que contemplem os mobile games e estejam personalizadas para a conversa com diferentes gerações nesse espaço.

As pessoas só se engajam quando se identificam com a mensagem que recebem. Assim, empresas que desejam oferecer seus produtos e serviços para diferentes perfis de consumidores precisam se adequar aos novos espaços onde essas pessoas estão e, também, aprender a falar com eles. 


SOBRE A AUTORA

Leila Guimarães é country manager da Adsmovil Brasil. saiba mais