Anthropic lança protocolo que facilita interações entre ferramentas de IA
Nova solução de código aberto promete simplificar conexões entre assistentes de inteligência artificial, bases de dados e ferramentas digitais
Padrões técnicos são essenciais para facilitar a troca de informações na internet. Protocolos de e-mail, como SMTP, POP3 e IMAP, permitem a comunicação entre servidores e clientes, enquanto o protocolo Bluesky possibilita que usuários transfiram conteúdo e conexões entre diferentes plataformas sociais.
Com o avanço dos modelos de inteligência artificial, precisamos cada vez mais de padrões que conectem essas ferramentas a sistemas de dados e recursos externos.
Em novembro, a Anthropic lançou o Model Context Protocol (MCP), um padrão de código aberto que promete facilitar a integração de assistentes de IA – como chatbots e agentes virtuais – a bases de dados (como gráficos de inteligência empresarial ou bases de conhecimento) e ferramentas (como ambientes de desenvolvimento e assistentes de codificação). Atualmente, essas conexões precisam ser feitas sob medida.
“Mesmo os modelos mais avançados estão isolados em silos de informações e sistemas legados”, afirmou a Anthropic em seu blog. O MCP foi projetado para superar essas limitações, permitindo que qualquer aplicativo de IA se conecte a bases de dados e ferramentas compatíveis com o protocolo.
Na fase de testes, desenvolvedores podem usá-lo para vincular uma instância local do chatbot Claude a arquivos e dados armazenados no mesmo dispositivo. Também é possível conectá-lo a serviços populares, como Google Drive, Brave Search e Slack, via API. A Anthropic planeja expandir o protocolo para suportar conexões com servidores remotos que possam atender organizações inteiras.
Os dias em que chatbots dependiam exclusivamente de seus dados de treinamento – geralmente retirados da internet – estão ficando para trás. Esse modelo limitava tanto a precisão quanto a utilidade desses sistemas.
O MCP simplifica o acesso a informações diversificadas e confiáveis, permitindo o desenvolvimento de aplicativos mais “autônomos”. Esses novos agentes de IA serão capazes de navegar entre ferramentas e fontes de dados para realizar tarefas complexas e produzir os resultados desejados.