As previsões de Pierre Levy que anteciparam a era da Inteligência Artificial
Muito antes da IA entrar no cotidiano, esse pensador já desenhava o impacto da tecnologia no modo como o ser humano pensa, age e trabalha

O filósofo e sociólogo Pierre Levy já discutia os impactos da informatização na cultura e no pensamento coletivo muito antes de termos como Inteligência Artificial e metaverso ganharem espaço no vocabulário popular. Suas reflexões, formuladas nas décadas de 1980 e 1990, continuam a influenciar debates atuais sobre tecnologia, cognição e o futuro do trabalho.
Em A Máquina Universo – criação, cognição e cultura informática (1987) e As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática (1990), o filósofo antecipou questões centrais do mundo digital contemporâneo.
Como um exemplo, Lévy abordava desde a “virtualização da inteligência” até os fundamentos da “ecologia cognitiva” e do hipertexto, conceitos que hoje sustentam experiências como a IA generativa e o metaverso.
Quase quatro décadas depois, essas ideias se materializam em sistemas de recomendação, assistentes virtuais, redes neurais e ambientes imersivos. Para o mercado de trabalho, a abordagem filosófica de Lévy sobre a tecnologia revela que compreender os aspectos conceituais da IA pode oferecer vantagem competitiva.
Profissionais de diferentes áreas que dominam essas bases teóricas conseguem se adaptar melhor a um cenário moldado por algoritmos, dados e experiências digitais.
A leitura de suas obras destaca que o avanço tecnológico não começou com as ferramentas atuais. A origem desse futuro digital está enraizada em reflexões profundas que, ainda hoje, ajudam a interpretar e a planejar o papel do ser humano diante da transformação constante da informação. O legado de Pierre Levy mostra que o pensamento crítico sobre tecnologia é tão essencial quanto a própria inovação.