Gemini consegue errar de propósito? Teste revela limitações da IA do Google

Confira os erros graves que Inteligência Artificial do Google já gerou

Créditos: Solen Feyissa/ Unsplash/ Freepik

Guynever Maropo 1 minutos de leitura

O Gemini, modelo de inteligência artificial mais avançado do Google, foi apresentado como uma ferramenta capaz de compreender textos, imagens e vídeos. A iniciativa visa competir diretamente com o ChatGPT, da OpenAI. No entanto, a tecnologia já acumulou erros que geraram polêmica.

Segundo o The Verge , o sistema apresentou falhas técnicas, imprecisões históricas e até vieses considerados discriminatórios. Veja abaixo quatro exemplos que ilustram essas limitações.

1. Geração de imagens com distorções históricas

O gerador de imagens do Gemini tinha como objetivo destacar a diversidade racial e de gênero. No entanto, modificava traços de personagens históricos, como soldados nazistas retratados com características étnicas diversas e os fundadores dos Estados Unidos apresentados como não brancos. A inteligência artificial chegou a errar a raça dos próprios fundadores do Google.

2. Erro factual em vídeo oficial de demonstração

Durante a apresentação “Pesquisa na era Gemini”, um vídeo mostrou um fotógrafo com a câmera analógica emperrada. O Gemini sugeriu abrir o compartimento traseiro e remover o filme, o que pode estragar completamente o material. 

3. Informação incorreta sobre o telescópio James Webb

No passado, ainda sob o nome Bard, o sistema afirmou que o telescópio espacial James Webb fez a primeira imagem de um planeta fora do sistema solar. Astrônomos corrigiram a informação, apontando que esse feito ocorreu em 2004. Após a divulgação do erro, as ações da Alphabet, controladora do Google, perderam mais de US$ 100 bilhões em valor de mercado.

Tela do Gemini no Google
Crédito: Google

4. Racismo médico em respostas do Bard

Estudo publicado pela revista "Digital Medicine" apontou que o Bard perpetuou ideias racistas ao responder questões sobre diferenças físicas entre pessoas brancas e negras, incluindo uma suposta variação na espessura da pele. A IA também falhou em responder corretamente sobre o funcionamento dos rins e pulmões. 

Apesar de prometer avanços, o Gemini enfrenta o desafio de corrigir falhas técnicas e éticas para alcançar confiabilidade em larga escala.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais