IA vai substituir os programadores? Bill Gates responde
O avanço da inteligência artificial levanta dúvidas sobre o futuro de diversas profissões, inclusive a dos programadores
Com a Inteligência Artificial (IA) avançando sobre diversas áreas do trabalho, surge uma dúvida comum: quais profissões vão resistir à automação? Para Bill Gates, cofundador da Microsoft, a resposta inclui a programação.
Em entrevista à rádio France Inter, ele afirmou acreditar que esta atividade continuará sendo “100% humana”, mesmo daqui a cem anos.
A declaração chama atenção em um momento em que muitos empregos enfrentam transformações profundas devido ao uso de algoritmos e ferramentas generativas.
"Eu estou assustado, também", diz Gates
Ao falar sobre IA, Gates foi direto: "Eu estou assustado também". A frase expressa a preocupação que muitos compartilham diante das incertezas provocadas pela automação.
O Fórum Econômico Mundial prevê a perda de cerca de 85 milhões de empregos até 2030. Por outro lado, estima-se que 97 milhões de novas funções ligadas à tecnologia possam surgir no mesmo período.
Para ele, a IA tem o potencial de aumentar a produtividade e “nos deixar com muito tempo livre” - desde que bem gerida.
Criatividade ainda é insubstituível
Gates acredita que a essência da programação está em capacidades humanas como criatividade, julgamento e raciocínio abstrato, elementos que a IA ainda não consegue replicar.
Embora ferramentas automatizadas possam ajudar com tarefas repetitivas, como a correção de bugs, a resolução de problemas complexos exige intuição e visão estratégica.
Mais do que comandos, programar envolve compreender contextos e criar soluções sob medida, algo que a IA não consegue, e segundo Bill Gates, continuará nas mãos das pessoas.
