Inep avalia usar IA para criar perguntas do Enem; veja como deve funcionar
Entenda como a IA pode mudar a seleção de questões do Enem

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) analisa o uso de Inteligência Artificial para executar parte da pré-testagem das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Segundo a exclusiva do g1, a medida deve vir como uma fase de revisão estrutural após falhas recentes na segurança das questões. O objetivo é reduzir o volume de participantes reais envolvidos na etapa e diminuir riscos de exposição antecipada do conteúdo.
O órgão pretende utilizar sistemas capazes de simular perfis distintos de desempenho estudantil. O processo contaria com uma equipe de avaliadores responsável por calibrar as respostas geradas pela tecnologia, garantindo precisão estatística e segurança metodológica.
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O procedimento atual depende do Banco Nacional de Itens (BNI), acervo de perguntas construído por especialistas. O banco é abastecido por três etapas: elaboração dos itens, validação pedagógica e pré-testagem.
Essa última fase representa o ponto mais sensível do modelo, já que exige aplicação real das perguntas a um grupo amplo de estudantes.
A pré-testagem mede o nível de dificuldade, o poder de discriminação e a chance de acerto aleatório de cada item. Essas análises definem se a pergunta diferencia participantes que dominam a habilidade cobrada daqueles que ainda não a desenvolveram.
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Como a IA deve ser usada?
O Inep mantém a postura de utilizar a Inteligência Artificial apenas como apoio técnico, sem substituir a atuação humana na construção das questões oficiais. A tecnologia atuaria como ferramenta de otimização, principalmente para processos repetitivos da etapa de pré-teste.
Enquanto isso, o Ministério da Educação segue ampliando o uso de IA em iniciativas voltadas aos estudantes. Entre as ações recentes está o aplicativo MEC Enem, que oferece simulados, vídeos, apostilas, correção automatizada de redações e apoio virtual ao participante.
O debate sobre segurança se destacou após a identificação de questões idênticas às do Enem 2025 em lives, materiais impressos e grupos de troca de conteúdos.
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A proposta de uso de IA surge como alternativa para manter a integridade do Enem. O modelo permitiria testar itens sem depender de milhares de participantes reais e garantir maior proteção do banco de questões nas próximas edições.