Inteligência Artificial no jornalismo investigativo; veja como usar ferramenta
Veja como funciona a parceria da Abraji e Google

A Inteligência Artificial tem sido incorporada em diversas áreas do jornalismo, ampliando a eficiência e a precisão na produção de reportagens investigativas.
No Brasil, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em parceria com o Google, desenvolveu o Kit de Ferramentas Gemini, voltado para profissionais que desejam usar IA de forma ética e auditável.
Segundo a Abraji, o projeto, que segue até fevereiro de 2026, disponibiliza conteúdos gratuitos, incluindo vídeos curtos, biblioteca de prompts, agentes prontos para uso (Gems), fluxos de trabalho e manuais em PDF. O lançamento aconteceu no mês passado no canal da Abraji no YouTube.
Leia mais: Limites da IA: no caso do jornalismo, “bom o suficiente” não é suficiente.
Quais ferramentas estão inclusas?
O kit integra o ecossistema Gemini com ferramentas já usadas por jornalistas, como Pinpoint, para pesquisa e transcrição de áudios e vídeos, e Google Sheets, para organização e visualização de dados. O objetivo é criar fluxos de trabalho simples, repetíveis e auditáveis, garantindo transparência em cada etapa da apuração.
Os participantes terão espaço dedicado para dúvidas na plataforma da Abraji, com suporte técnico e editorial.
Também poderão relatar experiências práticas de uso da IA, recebendo feedback da comunidade e dos organizadores. Essa abordagem reforça a vocação histórica da Abraji em formação continuada e troca estruturada entre jornalistas.
O formulário de inscrição coleta informações sobre perfil, ferramentas usadas, desafios e objetivos. Esses dados permitem personalizar o conteúdo e avaliar o impacto do projeto, garantindo relevância e efetividade das publicações ao longo do período.
Objetivo da plataforma?
O objetivo principal é aumentar a produtividade da apuração sem abrir mão da supervisão humana. Fluxos auditáveis documentam quando e como a IA é aplicada, reduzindo riscos de erros e garantindo a procedência de informações.
A abordagem ética prioriza transparência, checagem externa e metodologias robustas, permitindo que a IA realize triagens, análises e sínteses estruturadas.
Com isso, jornalistas podem focar em investigações de maior valor, enquanto a tecnologia agiliza tarefas repetitivas e complexas.
Leia mais: A inteligência artificial é capaz de checar seus próprios erros?
Conteúdos e funcionalidades do Kit
- IA e jornalismo: usos práticos da Inteligência Artificial, limites e ética.
- Criação de prompts: instruções para gerar respostas precisas com Gemini.
- Fluxos integrados: modelos passo a passo combinando Gemini, Pinpoint e Sheets.
- Agentes Gems: criação e aplicação de assistentes personalizados em tarefas de apuração e checagem.
No primeiro mês, serão publicados quatro vídeos tutoriais, 30 prompts prontos, quatro agentes Gems configuráveis, três fluxos de trabalho integrados e manuais em PDF. Todo o material estará disponível gratuitamente no YouTube e na plataforma de cursos da Abraji.
O Kit é voltado para jornalistas de redação, freelancers, estudantes, professores de jornalismo e profissionais de tecnologia que colaboram com equipes de reportagem.
Leia mais: Jornais japoneses acusam Perplexity de explorar conteúdo sem pagar; veja detalhes.
Você pode se interessar também:
Como participar?
As inscrições devem ser realizadas via formulário online. Os participantes receberão acesso à plataforma e avisos sobre o webinar de lançamento. A transmissão abordará demonstrações, fluxos de trabalho, boas práticas e espaço para perguntas.
O projeto oferece ferramentas de uso gratuito, conteúdos em PDF e tutoriais passo a passo, com foco em tornar a aplicação da Inteligência Artificial acessível, ética e auditável para todos os jornalistas.