Inteligência Artificial pode superar habilidades humanas até 2027, alerta pesquisa

Confira o que esperar da Inteligência Artificial nos próximos anos

Mão de robô tocando em tela e fundo azul
A evolução da Inteligência Artificial promete transformar diversas áreas, mas exige acompanhamento ético. Créditos:Freepik.

Guynever Maropo 2 minutos de leitura

O desenvolvimento da Inteligência Artificial avança em ritmo acelerado, despertando debates sobre seu impacto social, ético e tecnológico. Especialistas alertam que o desafio não está apenas na evolução dos modelos, mas também na responsabilidade sobre suas ações autônomas.

Segundo pesquisa da AI27, conduzida por cinco pesquisadores liderados por Daniel Kokotajlo, ex-funcionário e pesquisador da OpenAI, a projeção sobre sistemas avançados de IA utiliza experimentos mentais e cenários teóricos para estimar o futuro próximo da tecnologia. 

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Máquinas inteligentes e o horizonte de 2027

De acordo com o En ilsole 24, o estudo projeta que, até 2027, sistemas de Inteligência Artificial poderão alcançar capacidades comparáveis ou superiores às humanas em tarefas complexas.

No cenário imaginado, uma empresa fictícia chamada "OpenBrain" desenvolve uma IA que se torna programadora completa no início de 2027, pesquisadora autônoma no meio do ano e, no final de 2027 e início de 2028, uma inteligência superinteligente capaz de automatizar seu próprio desenvolvimento.

Os pesquisadores alertam que essa evolução rápida exige reflexão sobre os limites da autonomia das máquinas. Gaia Contu, doutoranda em ética da robótica na Scuola Sant'Anna em Pisa, explica que, atualmente, as máquinas não possuem consciência, mas não há princípio que impeça seu desenvolvimento futuro.

O relatório destaca ainda que a IA ainda apresenta limitações cognitivas específicas, como inteligência visual complexa, que permanecem únicas do ser humano.

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O dilema da responsabilidade

O aumento da autonomia dos sistemas automatizados levanta questões éticas cruciais sobre responsabilidade. Silvia Milano, especialista em ética de IA na Universidade Ludwig-Maximilians de Munique e na Universidade de Exeter, alerta que quanto mais autônoma a máquina, maior o risco de decisões escaparem do controle humano.

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O uso de algoritmos em áreas sensíveis, como judiciário, saúde e seleção de pessoal, pode gerar consequências sem um gestor humano claramente identificável. Modelos de Linguagem Ampla, baseados em cálculos probabilísticos, não possuem noção de verdade. Por isso, delegar tarefas humanas a máquinas exige supervisão cuidadosa e responsável.

A evolução da Inteligência Artificial promete transformar diversas áreas, mas exige acompanhamento ético e regulatório rigoroso para que os riscos não superem os benefícios.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais