Relatório da Microsoft mostra como a IA impacta o lado emocional das pessoas
O estudo mostra que a tecnologia não apenas auxilia em tarefas práticas, mas tem impacto direto no lado emocional dos usuários

O uso da Inteligência Artificial já faz parte do cotidiano de milhões de pessoas, presente em tarefas como responder mensagens, planejar viagens, buscar informações médicas e até definir investimentos.
No entanto, além da praticidade, novas pesquisas mostram que a tecnologia também afeta o lado emocional dos usuários, ajudando a reduzir a ansiedade e a fadiga mental provocadas pelo excesso de escolhas.
Um relatório da Microsoft, elaborado pela Edelman Data & Intelligence com mil participantes nos Estados Unidos, revelou que 84% dos usuários do ChatGPT e do Microsoft Copilot relataram emoções positivas após usar ferramentas de IA para tomar decisões. Alívio e confiança foram as sensações mais citadas, com 30% cada.
Segundo o estudo, a tecnologia ajuda a enfrentar a “fadiga decisória”, um esgotamento causado pelo excesso de opções.
O levantamento mostra que sete em cada dez consumidores se sentem sobrecarregados pela quantidade de informações disponíveis. Ao recorrer a assistentes inteligentes, os usuários relatam sentir menos peso e mais segurança nas escolhas. Entre os entrevistados, 30% se sentiram mais confiantes, 29% mais apoiados e 26% mais no controle das próprias decisões.
Além disso, 81% afirmaram gostar de poder fazer quantas perguntas quiserem sem constrangimento, enquanto 78% destacaram que a IA não julga como uma pessoa faria.
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A Geração IA e a relação com a tecnologia
A chamada “Geração IA”, formada por pessoas nascidas entre 1995 e 2012, lidera o uso dessas ferramentas. Acostumados a um ambiente digital desde cedo, esses jovens veem a tecnologia como uma aliada.
O estudo aponta que essa faixa etária é 16% mais propensa a utilizar IA do que as gerações anteriores. Entre estudantes, 45% consideram a ferramenta mais eficiente que livros ou tutores particulares, especialmente pela personalização e pelo ambiente sem julgamentos
O relatório mostra ainda que a IA tem auxiliado quem se considera “overthinker”, ou seja, pessoas que pensam demais antes de agir. Entre jovens de 18 a 34 anos, 68% se identificam assim, e boa parte afirma que a tecnologia os ajuda a reduzir preocupações.
As áreas mais mencionadas de apoio foram finanças (35%), saúde e bem-estar (35%), carreira (34%), entretenimento (34%) e viagens (25%).
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Apesar da boa receptividade, a confiança total na tecnologia ainda é limitada. Apenas 15% dos entrevistados afirmaram confiar plenamente na IA para decisões importantes, preferindo combinar o uso das ferramentas com a opinião de familiares, amigos ou especialistas. Mesmo assim, o índice já supera a credibilidade atribuída a influenciadores digitais, políticos e celebridades.
O estudo indica que 95% dos participantes usaram alguma ferramenta de IA no último mês, o que reflete uma relação de uso constante, mas cautelosa.
Para a Microsoft, trata-se de uma “adoção ponderada”, em que as pessoas aprendem a equilibrar intuição e tecnologia, utilizando a Inteligência Artificial como suporte emocional e racional para decidir melhor.