Seus colegas agentes de IA logo terão os próprios IDs, emails e contas do Teams
Esses agentes de IA vão poder participar de reuniões, editar documentos, se comunicar por e-mail e chat e executar tarefas de forma autônoma

Se você trabalha em um escritório, seu próximo colega talvez nem seja humano.
Profissionais já estão acostumados a lidar com inteligência artificial no ambiente de trabalho, usando ferramentas de IA para fazer anotações, automatizar tarefas e apoiar fluxos de trabalho. Agora, a Microsoft está desenvolvendo um novo tipo de agente de IA que não apenas auxilia, mas atua como um funcionário.
Esses “usuários agênticos” terão em breve seu próprio e-mail, conta no Teams e crachá corporativo, exatamente como qualquer colega de equipe.
“Cada agente incorporado possui identidade própria, acesso dedicado aos sistemas e apps corporativos e capacidade de colaborar com humanos e outros agentes”, afirma um documento da Microsoft. “Esses agentes de IA podem participar de reuniões, editar documentos, se comunicar por e-mail e chat e executar tarefas de forma autônoma.”
A ascensão da IA já decretou o fim da gerência intermediária e está tendo um “impacto significativo e desproporcional sobre trabalhadores iniciantes no mercado de trabalho dos EUA”, segundo economistas do Digital Economy Lab, da Universidade Stanford.
A Gartner projeta que, até 2028, 33% das aplicações corporativas de software vão incorporar IA agêntica e ao menos 15% das decisões diárias de negócios serão tomadas de forma autônoma por agentes de IA.

Se esses funcionários artificiais puderem assumir tarefas que ninguém quer fazer – como organizar agendas e preparar relatórios – enquanto humanos cuidam das decisões estratégicas, isso não seria uma vitória?
Ainda assim, surgem questões essenciais: De quem é a responsabilidade de supervisionar funcionários de IA? Até que ponto essa tecnologia pode ser realmente confiável? E o que acontece se – ou, mais provavelmente, quando – algo der errado?
Até 2028, 15% das decisões diárias de negócios serão tomadas de forma autônoma por agentes de IA.
No ano passado, a Deloitte entrevistou organizações na vanguarda da adoção de IA e descobriu que apenas 23% delas se consideravam altamente preparadas para gerenciar riscos relacionados à tecnologia.
Segundo outro estudo, 40% dos projetos de IA agêntica podem ser cancelados até o fim de 2027 devido a controles de risco insuficientes, valor de negócio pouco claro e custos crescentes.
À medida que a IA consolida seu espaço no ambiente de trabalho, 2025 será lembrado como o momento em que as empresas deixaram de apenas experimentar a tecnologia e passaram a construir suas operações em torno dela, afirmou a Microsoft em um post de blog que acompanhou seu relatório anual Work Trend Index.