Warner Bros processa empresa de IA; entenda a polêmica

Batalha judicial reacende debate sobre direitos autorais; veja detalhes do processo

Caixa d'agua da Warner Bros
Em junho, Walt Disney e Universal também acionaram judicialmente a Midjourney. Créditos:Pixabay.

Guynever Maropo 2 minutos de leitura

A Warner Bros abriu um processo contra a startup de Inteligência Artificial Midjourney, acusando-a de violar direitos autorais ao permitir a geração de imagens e vídeos com personagens como Superman, Batman e Pernalonga sem autorização.

Segundo a Reuters, a empresa afirma que a Midjourney removeu recentemente proteções que impediam a criação de conteúdo baseado em obras protegidas. A denúncia aponta que a decisão foi calculada para gerar lucro, mesmo com conhecimento da extensão das supostas infrações.

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O processo pede indenização, devolução de lucros obtidos e a interrupção imediata de futuras violações.

A ação segue o caminho de outros estúdios. Em junho, Walt Disney e Universal também acionaram judicialmente a Midjourney por uso de personagens como Darth Vader, Bart Simpson e Shrek.

Na ocasião, a empresa defendeu que o treinamento de modelos de IA com obras protegidas se enquadra na doutrina de uso justo da lei de direitos autorais dos Estados Unidos.

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Até o momento, a Midjourney não havia se manifestado sobre o novo processo. A disputa judicial reforça a posição da Warner Bros na defesa de suas criações frente ao avanço das tecnologias de Inteligência Artificial.

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Crescimento da Midjourney e defesa jurídica

Lançado em 2022 e liderado pelo fundador David Holz, o Midjourney, com sede em São Francisco, registrava quase 21 milhões de usuários em setembro de 2024 e uma receita estimada em US$ 300 milhões no mesmo ano, segundo a denúncia da Warner Bros.

Em documento apresentado em agosto no caso envolvendo Disney e Universal, a empresa afirmou que a lei de direitos autorais não concede controle absoluto sobre o uso de obras protegidas e defendeu que o treinamento de modelos de IA generativa configura uso justo, favorecendo o livre fluxo de ideias e informações.

Diversos setores culturais, incluindo autores, editoras, gravadoras e meios de comunicação, já acusaram empresas de Inteligência Artificial de utilizar material protegido sem autorização em treinamentos de modelos.

Um porta-voz da Warner Bros Discovery declarou que o processo visa proteger conteúdos, parceiros e investimentos, destacando o compromisso do estúdio em desenvolver histórias e personagens que entretenham o público.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais