13 projetos disputam prêmio de US$ 10 mi para salvar florestas tropicais

O objetivo é identificar tecnologias capazes de automatizar o estudo e o monitoramento das florestas tropicais em degradação no mundo

Créditos: Abhishyant Kidangoor/ Fundação Cat Kutz/ XPrize

Abhishyant Kidangoor 4 minutos de leitura

Durante três semanas, entre o final de maio e o início de junho, o parque natural Windsor e a reserva natural Central Catchment, em Singapura, foram palco para exibição, teste e aprimoramento de soluções tecnológicas desenvolvidas por 13 equipes de todo o mundo, como parte da semifinal de uma competição de cinco anos que premiará o vencedor com US$ 10 milhões.

A competição, que está em seu penúltimo ano, é organizada pela Fundação XPRIZE, uma organização sem fins lucrativos com sede na Califórnia. O objetivo é identificar tecnologias que possam automatizar o estudo e o monitoramento das florestas tropicais que estão se degradando rapidamente ao redor do mundo.

Uma variedade de tecnologias foi apresentada, incluindo robôs e drones capazes de coletar amostras para testes de DNA e plataformas móveis que podem coletar dados de áudio da copa das árvores.

As equipes selecionadas para avançar para a próxima fase, cujo anúncio está previsto para julho, terão um ano para aprimorar ainda mais seus projetos antes da última rodada de testes em 2024.

A seguir, estão as tecnologias exibidas durante a semifinal.

BRAZILIAN TEAM

Uma frota de drones, sendo um deles para coletar amostras de água, outro que utiliza sensores LiDAR para mapear a floresta e um terceiro que lança uma plataforma equipada com sensores nas copas das árvores para registrar áudio e capturar dados, como temperatura e pressão. A equipe também utiliza rovers terrestres para coletar folhagem para análise de DNA.

ACT NOW - AMAZONAS ACTION ALLIANCE

Crédito: Cat Kutz/ Fundação XPrize

Uma combinação de gravadores de áudio, drones e carrinhos de controle remoto para coletar fotos, sons e amostras de DNA, que depois são analisados e corroborados com o conhecimento indígena.

ALOUATTA

Crédito: Cat Kutz/ Fundação XPrize

Um cão robô equipado com câmeras, sensores acústicos e GPS, projetado para adentrar a floresta por conta própria.

ARACEEYE

Um drone com câmeras RGB e hiperespectrais (que analisam um espectro de luz mais amplo do que as câmeras tradicionais), além de sensores LiDAR para mapear a floresta. A equipe também usa dois drones menores equipados com gravadores de áudio para voar abaixo das copas das árvores e registrar o som de insetos e pássaros.

TEAM WAPONI

Crédito: Cat Kutz/ Fundação XPrize

Uma plataforma móvel de coleta de dados lançada na copa das árvores usando drones. Gravadores de áudio são usados para coletar dados sonoros, enquanto luzes noturnas atraem insetos, cujas imagens são capturadas e analisadas por algoritmos de IA.

BIOVERSE

Crédito: Abhishyant Kidangoor

Drones para mapear florestas e identificar árvores que fornecem produtos não madeireiros para as comunidades locais. Também fazem parte do conjunto rovers robóticos para monitoramento de insetos. Luzes e álcool são usados para atraí-los para uma armadilha. Internamente, sensores com algoritmos de machine learning capturam imagens e os identificam em tempo real.

ETH BIODVX

Crédito: Cat Kutz/ Fundação XPrize

Drones equipados com sistemas de coleta de três tipos de amostras para análise de DNA ambiental (eDNA): um para amostras de água, outro para coletar amostras de vegetação (pairando a quase 15 metros de altura, acima das copas das árvores) e um terceiro drone com dispositivos para aspirar o ar e coletar eDNA.

RE-FOREST-ER

Crédito: Abhishyant Kidangoor

Drones que coletam imagens, áudio e amostras de DNA. Em um laboratório improvisado, especialistas utilizam metodologias portáteis de análise para avaliar a biodiversidade das amostras coletadas, incluindo o uso de aquecedores inteligentes, para extrair o DNA, e testes de identificação de patógenos adaptados, para avaliação ecológica.

XINIX AI

Crédito: Abhishyant Kidangoor

Uma variedade de robôs, incluindo um grande robô equipado com um cilindro no topo, que pode adentrar a floresta sozinho. Uma vez lá, a equipe infla remotamente o cilindro para atingir a copa das árvores e registrar fotos e vídeos. Uma frota de robôs menores transporta gaiolas com iscas para atrair insetos. Os excrementos deixados nas gaiolas são analisados para compreender a biodiversidade do local.

MAP OF RAPID ASSESSMENTS

Crédito: Cat Kutz/ Fundação XPrize

Drones capturam áudio e imagens, e algoritmos de machine learning analisam os dados para identificar os sons – como de aves ou mamíferos – e priorizá-los para revisão. Essas informações são enviadas para um painel online, onde cientistas identificam manualmente as espécies.

WELCOME TO THE JUNGLE

Crédito: Cat Kutz/ Fundação XPrize

Uma plataforma feita de cordas e bambu, que sustenta uma caixa equipada com gravadores de áudio e outros sensores. A plataforma é lançada na copa das árvores por um drone. Além dela, uma versão alternativa foi projetada para suspender uma câmera a partir de um orifício na parte inferior. A equipe também utiliza drones para sobrevoar a copa das árvores e capturar imagens usando câmeras multiespectrais e de alta resolução.

BLUE DEVIL FOREST DIVERS

Crédito: Cat Kutz/ Fundação XPrize

Drones equipados com dispositivos impressos em 3D no formato de ferraduras, que podem ser pendurados nos galhos das árvores para coletar imagens aéreas. Os membros da equipe instalam gravadores de áudio nos dispositivos e o som é processado e identificado por meio de uma combinação de machine learning e análise humana.

PROVIDENCE PLUS

Crédito: Cat Kutz/ Fundação XPrize

Uma plataforma em formato de guarda-chuva implantada na superfície da água e na copa das árvores. Essa plataforma coleta dados de áudio, que são analisados em tempo real por meio de um sistema de IA integrado. Além disso, drones são utilizados para coletar amostras de DNA no ar, assim como amostras do solo.


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