4 iniciativas para reduzir a pegada de carbono da inteligência artificial
Líderes de TI precisam considerar o quadro completo para alcançar a sustentabilidade
Muitas empresas de TI ampliaram suas iniciativas para promover a sustentabilidade corporativa, mas encontram barreiras internas para alcançar metas de redução de carbono. E a pressão sobre os líderes do setor só aumenta. A Gartner prevê que, até 2025, metade dos CIOs terá metas de desempenho ligadas à sustentabilidade.
Os esforços iniciais na área geralmente se concentram no consumo de energia em data centers locais. No entanto, mover dados para a nuvem não resolve o problema.
Embora muitos provedores estejam buscando fontes de energia renováveis, a nuvem ainda enfrenta muitos desafios com o uso ineficiente de discos rígidos e recursos.
De acordo com uma pesquisa da IBM, os servidores em data centers utilizam apenas de 12% a 18% de sua capacidade. E seus hardwares precisam ser substituídos antes do fim da vida útil para evitar a perda de dados, os quais são frequentemente copiados e armazenados em vários locais para garantir a resiliência cibernética.
Além disso, o boom da IA generativa adiciona novos desafios na redução do impacto de carbono. Qualquer redução feita pelo setor é anulada pela alta demanda de GPUs necessárias para o aprendizado e execução de modelos de inteligência artificial.
Recentemente, o Google adiou sua meta de neutralidade de carbono para 2030 devido à adição de GPUs para o desenvolvimento de sua inteligência artificial, Gemini.
Precisamos repensar o uso da tecnologia. O velho lema “reduzir, reutilizar e reciclar” continua relevante e aplicável às operações de TI. As empresas devem sempre questionar a eficiência. Para realmente reduzir o impacto de carbono, é preciso encontrar formas mais eficientes e sustentáveis de obter a tecnologia que impulsiona os negócios.
O que os líderes de TI podem fazer para reduzir, reutilizar e reciclar:
1. Reduzir: otimizar a capacidade de armazenamento
Para reduzir a pegada de carbono, as empresas devem optar por fornecedores de nuvem que maximizem a utilização de recursos de armazenamento. Com a nuvem distribuída, os discos rígidos podem operar em plena capacidade sem perda de dados, evitando espaço ocioso. Isso não só reduz custos, como também contribui para práticas mais sustentáveis, diminuindo o desperdício.
2. Reduzir: eliminar duplicatas e replicação regional
Armazenar menos dados é uma maneira simples de reduzir as emissões de carbono. Com técnicas de desduplicação e políticas de replicação inteligentes, as empresas podem garantir a segurança e redundância de dados com menos cópias. A nuvem distribuída também diminui a necessidade de replicação regional, reduzindo custos e o impacto ambiental.
3. Reduzir e reutilizar: alugar GPUs sob demanda
As GPUs sob demanda possibilitam o acesso a uma computação potente sem a necessidade de adquirir hardware caro. Isso economiza dinheiro e facilita o ajuste de escala conforme necessário. Alugá-las permite o acesso imediato às tecnologias mais recentes, sem a necessidade de atualizações constantes.
Fazer isso – em vez de esperar a entrega de um pedido – garante não só acesso instantâneo como que promove sustentabilidade, agilidade e inovação e possibilita a realização de análises e testes de modelos onde quer que os dados estejam.
4. Reduzir, reutilizar e reciclar: prolongar a vida útil de discos rígidos existentes
Prolongar a vida útil dos discos rígidos é essencial para reduzir o impacto ambiental, já que a mineração, transporte e fabricação desses componentes são processos intensivos em carbono.
Um uso mais eficiente e inteligente da tecnologia é bom para o planeta e também mais econômico.
Os data centers tradicionais precisam substituir os servidores antes do fim de sua vida útil para evitar perda de dados. No entanto, a nuvem distribuída utiliza tecnologias que fazem reparos automáticos e incluem replicação para proteger os dados, permitindo o uso dos discos rígidos até o fim de sua vida útil.
Isso reduz bastante o custo de armazenamento e as emissões de carbono geradas por resíduos de hardware. Caso seja necessário substituir discos rígidos antecipadamente, o setor de TI deve considerar programas de reciclagem ou reutilizar o equipamento na nuvem distribuída.
SERVIÇOS DE NUVEM DISTRIBUÍDA
A arquitetura da nuvem distribuída facilita a redução das emissões de carbono na computação e no armazenamento. A computação e o armazenamento distribuídos transformam a capacidade ociosa em uma grande rede global, usando os recursos existentes com maior eficiência e oferecendo durabilidade e desempenho de nível empresarial.
Um uso mais eficiente e inteligente da tecnologia é bom para o planeta e também mais econômico. A sustentabilidade no setor de tecnologia – com iniciativas genuinamente eficazes – não será alcançada da noite para o dia. Mas, com essas estratégias em prática, os líderes de TI podem continuar impulsionando a inovação enquanto reduzem as emissões de carbono.