Borboletas-monarca correm risco de extinção. Mas há como salvá-las

Seu habitat natural vem desaparecendo por conta do desmatamento e das mudanças climáticas. A saída pode ser plantar mais serralha

Crédito: Art Wolfe/ GettyImages

Connie Lin 1 minutos de leitura

Borboletas-monarca, as icônicas e amadas borboletas que são as mais reconhecidas pelas crianças quando começam a aprender sobre insetos, entraram oficialmente na lista das espécies ameaçadas de extinção. O que não chega a ser surpresa, visto que os avisos de perigo estão aí há um bom tempo.

Por décadas, seu habitat natural vem sendo devastado pelo desmatamento e pelos efeitos das mudanças climáticas. A quantidade vem diminuindo gradualmente: a população de monarcas ocidentais – que vivem a oeste das Montanhas Rochosas, nos Estados Unidos – foi reduzida em 99,8% entre os anos 1990 e 2000.

Boa parte dessa tragédia se deve à falta da sua principal fonte de alimento, a serralha, um tipo de PANC (planta alimentícia não-convencional). Encontrada em quase todo o mundo, a serralha é comestível e rica em vitaminas A, D e E.É a única planta que elas comem na fase de lagarta, para depois se transformarem em borboletas.

O problema é causado, principalmente, pela agricultura, que cultiva vegetais geneticamente modificados para aguentar herbicidas como o glifosato. O produto é pulverizado por extensas áreas de plantação nos campos do meio-oeste norte-americano e acaba destruindo grandes porções da serralha que alimenta as lagartas.

A boa notícia é que há como ajudar a salvar a espécie. Os especialistas estão pedindo ao público que plante o tipo de serralha nativo de sua região, por exemplo, serralha do pântano, a mais comum no país (menos nas regiões mais a oeste).

Borboletas adultas se alimentam de néctar. Portanto, é de grande ajuda plantar flores nativas da região e que desabrochem durante a estação das monarcas, cujo pico é durante o verão (no hemisfério norte).


SOBRE A AUTORA

Connie Lin é jornalista e colaboradora da Fast Company. saiba mais