72% dos brasileiros das classes ABC usam streaming; veja os mais populares

Levantamento revelou hábitos de consumo digital no Brasil e mostra como renda e região influenciam as escolhas

Homem assistindo streaming na televisão
O consumo de streaming segue em expansão no Brasil, moldando hábitos de entretenimento. Créditos:Freepik.

Guynever Maropo 2 minutos de leitura

O consumo de streaming se consolidou como parte da rotina de entretenimento no Brasil. A variedade de plataformas transformou os hábitos e ampliou as opções de acesso a filmes, séries e conteúdos exclusivos.

Um levantamento da Nexus mostra que sete em cada dez brasileiros das classes A, B e C utilizam algum serviço digital de vídeo, com diferenças marcantes entre renda, região e número de assinaturas.

O estudo mostra que 27% dos usuários assinam apenas uma plataforma, enquanto 26% utilizam entre duas e três, e 19% acumulam quatro ou mais serviços. O padrão muda conforme o público: a classe A concentra o maior número de múltiplas assinaturas, enquanto a classe C tende a se limitar a apenas um serviço.

Netflix mantém liderança no Brasil

A Netflix segue como líder absoluta, presente em 59% das respostas. A plataforma tem destaque no Sul e entre os brasileiros de maior renda. Em seguida aparecem o Prime Video (33%), Globoplay (26%), HBO Max (22%) e Disney+ (22%).

Apesar de ter 25 milhões de assinantes no país, a Netflix alcança cerca de 70 milhões de usuários. Para quase metade dos entrevistados, ela é considerada a plataforma mais completa. Três em cada quatro a colocam entre as melhores em qualidade e variedade, com destaque entre mulheres, nordestinos e pessoas de maior renda.

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O Prime Video é a segunda opção mais lembrada, especialmente pela classe B e por pessoas com ensino superior. O Globoplay se posiciona em terceiro lugar, com força entre o público mais velho e moradores do Sudeste.

Filmes lideram a preferência

Na escolha de conteúdos, os filmes aparecem em primeiro lugar, com 81% das menções, seguidos por séries (73%), noticiários (27%) e documentários (26%). Novelas e esportes somam 22% cada. Embora parte dos entrevistados tenha aumentado o consumo de TV tradicional, a maioria afirmou assistir a mais filmes e séries após assinar plataformas digitais.

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O gasto médio também evidencia diversidade. Entre as classes A, B e C, 35% desembolsam até R$ 50 por mês, outros 35% pagam entre R$ 51 e R$ 100, 13% ficam na faixa de R$ 101 a R$ 200 e apenas 5% superam esse valor.

A variedade de catálogo é o principal motivo para a assinatura, citada por 68% dos entrevistados, seguida por custo-benefício e produções originais. Usuários da Netflix e do Prime Video destacam a diversidade, enquanto assinantes do HBO Max e do Globoplay valorizam o preço. Já o Prime também atrai pela exclusividade de seu conteúdo.

O consumo de streaming segue em expansão no Brasil, moldando hábitos de entretenimento e impulsionando disputas cada vez mais acirradas entre as plataformas.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais