A estratégia do maior fundo de investimento para esportes femininos
A Monarch Collective chega a US$ 250 milhões e mira o interesse crescente no segmento; nos últimos anos, a audiência dos jogos disparou junto com as vendas de produtos e ingressos

À medida que o burburinho em torno dos esportes femininos continua a crescer, o maior fundo dedicado a esportes femininos acaba de ficar maior.
O fundo norte-americano Monarch Collective, primeira e maior plataforma de investimento a mirar apenas em esportes femininos, recentemente anunciou uma expansão. Com isso, saiu de US$ 150 milhões para US$ 250 milhões. Ou seja, algo em torno de R$ 1.4 bilhão.
O aumento de capital permitirá que o fundo capitalize o que chama de "mercado em rápida aceleração": equipes esportivas profissionais femininas que têm preenchido cada vez mais assentos.
"Desde o lançamento do nosso fundo no ano passado, os esportes femininos experimentaram uma transcendência cultural. O ecossistema evoluiu drasticamente. O crescimento levou à necessidade de capital operacional e de valor agregado ainda mais importante do que antes", disse Kara Nortman, sócia-gerente da Monarch Collective, em um comunicado. "Agora é a hora de construir a comunidade certa ao redor da mesa e implementar novos manuais que vencerão."
INVESTIDORES DE GRANDE NOME A BORDO
O fundo promove investidores de alto perfil, que contribuíram para a maior parte da nova injeção de capital. De acordo com um comunicado, eles incluem a Pivotal Ventures, de Melinda French Gates; a CEO da Hello Sunshine, Sarah Harden; e Beth Brooke, ex-vp global de políticas públicas da EY.
O crescimento da Monarch Collective se alinha com um interesse crescente em esportes femininos de forma mais ampla. Nos últimos anos, a audiência dos jogos disparou junto com as vendas de produtos e ingressos.
No ano passado, a National Women's Soccer League (NWSL) atingiu 2 milhões de público total. O perfil atual da Monarch inclui três times da NWSL: Angel City Football Club, BOS Nation FC e San Diego Wave FC.
Mas o principal impulsionador desse boom esportivo feminino é o basquete, tanto no nível universitário quanto profissional. No ano passado, a "mania de Caitlin Clark" impulsionou uma audiência e receita recordes para o torneio Women's March Madness do ano passado. O jogo do campeonato feminino foi a partida de basquete mais assistida na ESPN desde 2019 — entre todos os jogos masculinos, femininos, universitários e profissionais.
Caitlin é jogadora do Indiana Fever, da WNBA, e foi eleita em 20204 como a atleta do ano pela revista Time. Desde que a atleta se juntou à WNBA para a temporada de 2024, a liga mais que triplicou seu número de ingressos esgotados.
MUDANÇA SIGNIFICATIVA
Este ano, prepare-se para que o entusiasmo em torno dos esportes femininos siga com em expansão. O Women’s March Madness acaba de começar e as contas no X (antigo Twitter) centradas em esportes começaram a compartilhar a empolgação em ver estrelas como Paige Bueckers e JuJu Watkins jogando em rede nacional.
“Alguns podem dizer que estamos em um momento crucial nos esportes femininos. Mas, para nós, é muito maior do que isso”, disse Jasmine Robinson, sócia-gerente da Monarch Collective, em um comunicado.
“Junto com nossos investidores, acreditamos que temos o poder de impulsionar mudanças significativas que sejam representativas dos diversos grupos de propriedade, equipes de gestão e bases de fãs de hoje", comentou a executiva.