CLT ou ter o próprio negócio? Com a palavra, os Millennials e a Gen Z
Enquanto um terço dos entrevistados com até 34 anos pensa em empreender, 32% dizem preferir a segurança da carteira de trabalho

Não é de hoje que se tem falado sobre o desinteresse das gerações mais jovens pelo trabalho com carteira assinada. Nas redes sociais, sobram memes e vídeos de influenciadores (inclusive infanto-juvenis) que chegam a fazer piada com a perspectiva de seguir com os estudos e construir uma carreira sob a proteção da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT.
QUEM SONHA COM EMPREENDEDORISMO
Se tem quem ache que as oportunidades de gerar renda estejam, por exemplo, em atividades como influenciador digital e creators, uma pesquisa mostra que, na vida real, os objetivos são dierentes. Praticamente um terço (32%) das pessoas entre 16 e 34 anos - que inclui a Geração Z e os Millennials - deseja ter um emprego sob a proteção da CLT.
Na mesma pesquisa, feita pela Hibou Pesquisa e Insights, uma parte da população com até 34 anos declara que não quer saber da carteira de trabalho. Seu desejo é outro: o empreendedorismo.
Ao todo, 33% disseram que têm pensado em abrir um negócio - praticamente o mesmo número que pensa em conseguir um emprego com carteira assinada. Ainda segundo as entrevistas, 11% já são empreendedores.
O percentual que deseja a carteira assinada na faixa entre 16 e 34 anos é o mais alto entre todas as faixas etárias. Por outro lado, entre aqueles com idade entre 45 a 54 anos, 30% nunca pensaram em empreender.
SEM CARTEIRA, MAS COM SALÁRIO MAIOR
Em junho, Pesquisa Datafolha identificou que o trabalho com carteira assinada é considerado o mais importante pelos brasileiros, mesmo que isso implique em uma remuneração menor. Ao todo, 67% disseram priorizar o vínculo trabalhista por meio da CLT mesmo com um salário mais baixo. No entanto, 31% disseram que optariam pelo trabalho sem carteira assinada, porém com mais dinheiro no bolso.
No entanto, quando a pergunta é "Na sua opinião, o que é melhor?", a maioria (59%) apontou que é "Trabalhar por conta própria" e 39% disseram que o melhor é "Trabalhar como contratado para uma empresa/organização".
DIPLOMA PERDE IMPORTÂNCIA
Outra curiosidade , segundo levantamento da Hibou Pesquisa e Insights, é que 56% do público entre 16 e 34 anos mudaram de área porque precisavam pagar as contas.
A pesquisa mostra ainda que a relação entre diploma e emprego costuma ser mais intensa no início da carreira, mas tende a perder força com o passar do tempo.
Segundo a pesquisa, na média, 42% dos entrevistados afirmam estar trabalhando na área em que se formaram ou que ainda vão se formar até o fim de 2025. Este número sobe para 59% na faixa entre 16 a 34 anos e cai para 51% entre aqueles com idade entre 35 e 44 anos.