Como organizar as finanças e se livrar das dívidas de fim de ano
As despesas inevitáveis com presentes, encontros e viagens podem pesar e desequilibrar o orçamento, mas é possível virar o ano com as contas em ordem
As festas de fim de ano, com seus jantares, presentes e viagens, são esperadas com entusiasmo. Não é surpresa para nenhum orçamento que é o momento em que as despesas aumentam. Mas dá para virar o ano com as finanças organizadas caso as contas tenham saído de controle.
Com a virada do ano chegando, surge como uma oportunidade para dar o primeiro passo rumo à recuperação financeira. Com a fatura do cartão de crédito chegando e as promessas de recomeço, a renegociação das dívidas se torna importante para quem deseja voltar ao equilíbrio e, mais ainda, ter o chamado “nome limpo” no mercado. Mas como sair dessa situação sem comprometer o orçamento do ano inteiro?
ALTERNATIVAS DE CRÉDITO
Com o cenário econômico com flutuações e taxas de juros altas, é preciso estar atento ao crédito com as melhores taxas de juros, diz Marcos Soares, especialista em finanças pessoais.
Uma das melhores alternativas, segundo Soares, são os empréstimos consignados, com taxas mais atraentes, especialmente para quem tem vínculo empregatício. Outra opção são os empréstimos com garantia, que oferecem juros menores por estarem atrelados a um bem como aval. Mas o especialista pontua que é sempre importante fazer muitas contas para não deixar de cumprir o compromisso assumido e comprometer um patrimônio em caso de inadimplência.
É possível ainda fazer a chamada portabilidade de dívida, que permite transferi-la para outra instituição financeira que ofereça melhores condições, com juros menores, prazos maiores e parcelas que caibam no orçamento. Soares recomenda também o uso de plataformas de negociação de dívidas, que conectam consumidores a credores dispostos a renegociar as condições de pagamento.
PASSO A PASSO
A renegociação de uma dívida envolve uma série de pontos de atenção ao longo do processo. É preciso, por exemplo, reunir uma série de comprovantes bancários e de cartão. E o mais importante: tenha certeza que vai poder arcar com o valor acordado com o agente financeiro. Confira o passo a passado abaixo:
1. Levante todas as informações sobre suas dívidas
O primeiro passo é saber exatamente quanto você deve e para quem. Reúna extratos bancários, faturas de cartões de crédito e quaisquer outros comprovantes de dívidas. Tenha clareza sobre o valor, a taxa de juros e os prazos para entender o impacto dessas pendências no seu orçamento.
2. Entre em contato com os credores
Não deixe para negociar na última hora. Muitos credores preferem negociar e receber parte do valor do que não receber nada. Seja honesto sobre sua situação financeira e proponha alternativas de pagamento, como prazos maiores ou redução de juros.
3. Priorize a renegociação das dívidas com maior taxa de juros
O crédito rotativo do cartão de crédito e o cheque especial costumam ter os custos mais altos. Renegociar essas dívidas, ou transferi-las para opções de crédito mais baratas, pode aliviar seu orçamento.
4. Avalie alternativas de crédito mais baratas
Em vez de recorrer a mais crédito no cartão ou no cheque especial, procure alternativas como o crédito pessoal com taxas mais baixas ou o consórcio. Algumas instituições oferecem empréstimos com juros mais baixos para quem está quitando dívidas. Compare as opções antes de tomar qualquer decisão.
5. Estabeleça um plano de pagamento realista
Evite comprometer todo o seu orçamento com a renegociação. Estabeleça um valor fixo mensal que seja viável para você, sem prejudicar outros gastos essenciais, como alimentação, saúde e transporte.
6. Acompanhamento contínuo
Renegociar é um processo contínuo. Uma vez que a negociação esteja fechada, não deixe de monitorar seus gastos. Utilize aplicativos de controle financeiro ou planilhas para acompanhar sua evolução e evitar o endividamento novamente.
DA DÍVIDA AO EQUILÍBRIO
A assistente administrativa, Giseli Silva, de 33 anos, é uma das muitas brasileiras que, após um fim de ano repleto de compromissos e presentes, se viu atolada em dívidas de Natal ano passado.
"Eu não percebi o quanto estava gastando. Comprei presentes para a família toda e organizei jantares. O que parecia ser um prazer momentâneo virou um pesadelo quando as faturas começaram a chegar", lembra.
Ao buscar ajuda, Silva seguiu a estratégia de renegociar suas dívidas com os credores e optou por um empréstimo pessoal com juros menores. "A primeira atitude foi conversar com os bancos, pedir a renegociação das faturas do cartão de crédito. Consegui um parcelamento com juros mais baixos, o que me ajudou muito", conta.
Além disso, a assistente administrativa começou a priorizar o pagamento das dívidas com maior taxa de juros e procurou evitar qualquer gasto desnecessário. "Estou fazendo um planejamento financeiro mensal, o que me permite controlar meus gastos e voltar ao equilíbrio". Hoje, ela diz que já sente a diferença. "Não é fácil, mas com disciplina e foco, estou conseguindo quitar tudo sem comprometer meu orçamento", conclui.
Ao buscar ajuda, Giseli seguiu a estratégia de renegociar suas dívidas com os credores e optou por um empréstimo pessoal com juros menores. "A primeira atitude foi conversar com os bancos, pedir a renegociação das faturas do cartão de crédito. Consegui um parcelamento com juros mais baixos, o que me ajudou muito", conta.
Além disso, a assistente administrativa começou a priorizar o pagamento das dívidas com maior taxa de juros e procurou evitar qualquer gasto desnecessário. "Estou fazendo um planejamento financeiro mensal, o que me permite controlar meus gastos e voltar ao equilíbrio".
Hoje, Giseli sente a diferença. "Não é fácil, mas com disciplina e foco, estou conseguindo quitar tudo sem comprometer meu orçamento", conclui.