Dona do Google passa de US$ 3 tri na bolsa; conheça as 10 empresas mais valiosas

As ações da Alphabet disparam e acumulam alta de 70% desde abril; reação veio depois da decisão favorável em ação antitruste e foi alavancada pela alta demanda por IA

Dona do Google passa de US$ 3 tri na bolsa; conheça o clube da 10 empresas mais valiosas
Thomthong Ardhan e zzayko via Getty Images

Paula Pacheco 3 minutos de leitura

A dona do Google, a Alphabet, conseguiu nesta segunda-feira (15) entrar para um grupo bem seleto: o das empresas avaliadas em mais de US$ 3 trilhões em valor de mercado.

US$ 3 TRILHÕES DE VALOR DE MERCADO

As ações subiram até 4,3%, a US$ 251,22. Com isso, a companhia presidida por Sundar Pichai atingiu uma capitalização de mercado de cerca de US$ 3 trilhões. Chega-se a esse valor ao multiplicar o total de ações de uma empresa pela sua cotação na bolsa em que os papéis são negociados.


MELHOR PERFORMANCE ENTRE AS GIGANTES DE TECNOLOGIA

A construção dessa cifra se firmou nos últimos meses. Desde a cotação mínima, alcançada em abril passado, as ações da Alphabet valorizaram mais de 70%. A performance dos papéis adicionou por volta de US$ 1,2 trilhão em valor nesse período. No acumulado ano, no entanto, a valorização foi menor: cerca de 32%.

Ainda assim, o percentual representa o melhor desempenho entre as ações chamadas de "Magnificent Seven", como são chamadas as maiores empresas de tecnologia - Apple, Meta, Microsoft, NVIDIA, Amazon, Alphabet e Tesla. Além disso, com o comportamento das suas ações até agora, a dona do Google superou o ganho de 12,5% do importante índice S&P 500.

SETOR CHAMA A ATENÇÃO

Em entrevista à Reuters, Kim Forrest, diretor de investimentos da Bokeh Capital Partners, disse que as ações de tecnologia têm sido as líderes da recente corrida na bolsa e "não houve nenhum outro (setor) nos últimos 18 meses, talvez até dois anos, que tenha tido tanto entusiasmo dos investidores."

O patamar alcançado hoje é, para o mercado, o sinal mais recente de uma melhora na percepção em relação à empresa.

Ao superar o patamar de US$ 3 trilhões, a Alphabet passa a fazer parte de um grupo muito pequeno de companhias avaliadas acima dessa soma. Entre elas estão a Nvidia, a Microsoft e a Apple.

DECISÃO DA JUSTIÇA DEU UM EMPURRÃO NAS AÇÕES


O empurrão para que as ações melhorassem a performance na bolsa veio de uma decisão antitruste, esperada há bastante tempo, que livrou a dona do Google de medidas mais duras cogitadas por órgãos de fiscalização – como a possibilidade de venda do navegador Chrome.

A decisão da Justiça veio na esteira dos resultados do segundo trimestre da Alphabet, que confirmaram que a demanda por produtos de Inteligência Artificial (IA) está alavancando as vendas.

A EXPECTATIVA COM O GEMINI

Segundo reportagem publicada pela Bloomberg, o analista Ron Josey, do Citigroup, elevou seu preço-alvo para a ação de US$ 225 para US$ 280. O especialista citou “um ciclo de desenvolvimento de produtos acelerado, que começa a ganhar força com a maior adoção do Gemini tanto em sua divisão de anúncios quanto na de nuvem”.

Ainda segundo Josey, o comportamento em torno da ferramenta de IA acontece “em meio a maior clareza em relação a seus desafios legais e regulatórios, no que acreditamos ser um mercado de publicidade online relativamente saudável”.

Para o analista do Citigroup, apesar da concorrência no negócio de buscas, “acreditamos que o Google está executando melhor em seu conjunto de produtos, experimentando maior demanda e entregando uma lucratividade aprimorada”, informou em relatório.

Além do Google (com ramificações em diferentes frentes), a Alphabet é formada por uma série de negócios. Entre elas, o YouTube, Waymo, Calico, Verily, DeepMind, Wing e GV.

QUEM SÃO AS GIGANTES

Confira quais são as empresas mais valiosas do mundo, segundo a Bloomberg, com ações negociadas em Bolsas de Valores:

  1. Nvidia: US$ 4,26 trilhões
  2. Microsoft: US$ 3,80 trilhões
  3. Apple: US$ 3,49 trilhões
  4. Alphabet (Google): US$ 3,04 trilhões
  5. Amazon: US$ 2,47 trilhões
  6. Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp): US$ 1,90 trilhão
  7. Broadcom: US$ 1,71 trilhão
  8. Saudi Aramco: US$ 1,5 trilhão
  9. Tesla: US$ 1,4 trilhão
  10. TSMC: US$ 1,08 trilhões


SOBRE A AUTORA

Paula Pacheco é jornalista old school, mas com um pé nos novos temas que afetam, além do bolso, a sociedade, como a saúde do planeta. saiba mais