Golpes com Pix e boletos falsos atingem 24 milhões no Brasil
Levantamento mostra avanço dos crimes virtuais e revela quem são os alvos mais frequentes

Pesquisa Datafolha em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que 24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes envolvendo Pix ou boletos falsos. O levantamento ouviu 2.007 pessoas de 16 anos ou mais em 130 municípios entre 2 e 6 de junho de 2025.
Do total, 14% afirmaram ter caído nesses crimes virtuais, um índice superior aos 10% registrados em 2024. O prejuízo agregado chega a quase R$ 29 bilhões, com perda média de R$ 1.198 por vítima.
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Crimes virtuais superam os presenciais
A pesquisa mostra que 33% dos entrevistados foram vítimas de crimes virtuais, contra 22% que sofreram crimes presenciais. Entre os golpes mais comuns:
- Pix ou boleto falso: 14% (24 milhões de brasileiros)
- Roubo ou furto de celular: 9% (15,7 milhões)
- Roubo ou assalto em geral: 11% (18,7 milhões)
- Notas de dinheiro falso: 10% (16 milhões)
Segundo o estudo, 37% das vítimas de Pix ou boletos falsos pertencem às classes A e B, enquanto 22% estão nas classes C, D e E.
Golpes aumentam após furto ou roubo de celulares. Entre quem perdeu o aparelho, a incidência chega a 35,1%, reforçando que o acesso a dados pessoais amplia os riscos.
Entre idosos com 60 anos ou mais, 11% sofreram fraude bancária. Já entre jovens de 16 a 24 anos, 23% caíram em golpes de compras online ou redes sociais não entregues, acima da média nacional de 18%.
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Ameaças e chantagens também preocupam
Um em cada cinco brasileiros (19%) relatou ter sofrido ameaças ou chantagens por dados vazados, o que representa 32 milhões de pessoas, cerca de 5,4 mil vítimas por hora. O prejuízo estimado é de R$ 24,4 bilhões.
No total, 46,4 milhões de pessoas receberam contatos falsos por mensagens ou ligações de supostas centrais de segurança entre julho de 2024 e junho de 2025.
A pesquisa indica que quem teve celular furtado ou roubado tem quase quatro vezes mais chances de cair em golpes envolvendo Pix.