Justiça alemã proíbe Apple de anunciar Apple Watch como neutro em carbono; entenda
Decisão na Alemanha questiona alegações ambientais e aumenta pressão sobre a Apple

A Justiça alemã proibiu a Apple de anunciar o Apple Watch como um produto neutro em emissão de CO₂. A decisão foi tomada na última terça-feira (26), após ação de ambientalistas que acusaram a empresa de enganar consumidores.
O tribunal regional de Frankfurt concluiu que a campanha de marketing violou a lei de concorrência do país. A empresa havia promovido o relógio como o primeiro dispositivo neutro em carbono da marca.
Projeto de compensação sob questionamento
A alegação da Apple se baseava em um projeto de reflorestamento no Paraguai, que previa o plantio de eucaliptos em terras arrendadas. No entanto, 75% da área do programa só tem arrendamentos garantidos até 2029, sem certeza de renovação.
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Os juízes destacaram que a falta de garantias futuras inviabiliza a continuidade do projeto e, portanto, a validade da promessa de neutralidade. A empresa não comentou a decisão, que ainda pode ser alvo de recurso.
Pressão ambiental
O grupo ambientalista Deutsche Umwelthilfe (DUH), responsável pelo processo, comemorou o resultado. A entidade criticou a prática de “lavagem verde” e ressaltou que monoculturas de eucalipto oferecem benefícios ambientais limitados e temporários.
A decisão aumenta a pressão sobre a Apple, que vinha destacando compromissos de sustentabilidade em seus produtos. O caso reforça o debate sobre a transparência de alegações ambientais em campanhas publicitárias, especialmente no setor de tecnologia.
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Com a medida, a empresa não poderá mais anunciar o Apple Watch como neutro em carbono no mercado alemão.