Pix: os 4 golpes mais utilizados por criminosos

A transferência rápida e prática também virou alvo fácil para estelionatários. Veja como funcionam os principais golpes e como se proteger

cuide com tranferencias
Golpes com Pix crescem e exigem atenção redobrada. Foto: Freepik

Jessica de Holanda 2 minutos de leitura

Com a popularização do Pix como meio de pagamento no Brasil, também cresceu o número de golpes envolvendo esse tipo de transação. Criminosos têm se aproveitado da agilidade do sistema para aplicar golpes cada vez mais sofisticados e difíceis de identificar.

A seguir, veja os quatro golpes mais comuns e como evitar ser enganado.

1. Golpe do WhatsApp clonado

É um dos mais frequentes e começa com a clonagem da conta de WhatsApp de um familiar ou amigo da vítima. Com o número e a foto de perfil em mãos, o golpista envia mensagens simulando uma situação de emergência, como um acidente, uma dívida ou uma conta prestes a vencer e pede uma transferência urgente via Pix.

Como se proteger? Desconfie de qualquer pedido de dinheiro, mesmo que venha de alguém próximo. Sempre confirme por outro canal, como ligação ou mensagem de voz. Para se prevenir, ative a verificação em duas etapas no WhatsApp e combine uma “palavra-código” com pessoas próximas para emergências.

2. Golpe da falsa central do banco

Nesse golpe, o estelionatário entra em contato fingindo ser da central de atendimento do banco. Em alguns casos, o número que aparece na tela do celular é realmente o do banco, graças a técnicas como o spoofing. Ele alerta sobre uma suposta fraude ou transação suspeita e, para "corrigir o problema", orienta a vítima a fazer um Pix.

O golpista ainda pede para que a pessoa baixe um aplicativo, clique em um link malicioso ou informe senhas e códigos de autenticação, abrindo caminho para um golpe ainda maior.

Como se proteger? Bancos nunca pedem transferências via Pix nem dados sensíveis por telefone. Em caso de dúvida, desligue e aguarde alguns minutos antes de ligar diretamente para a central oficial do banco. Use apenas os canais indicados no aplicativo da instituição.

3. Golpe da venda falsa

Muito comum em plataformas de compra e venda, esse golpe envolve anúncios de produtos com preços abaixo do mercado. O criminoso pede o pagamento antecipado via Pix e desaparece após a transferência, sem entregar o item prometido.

Em outra versão, o golpe ocorre em lojas virtuais falsas, que imitam o layout e até o nome de sites conhecidos para enganar consumidores.

Como se proteger? Evite fazer compras em sites ou perfis desconhecidos. Sempre digite o endereço do site diretamente no navegador e observe se a URL está correta. Em caso de ofertas com preços muito baixos, desconfie: o barato pode sair caro.

4. Golpe do Pix errado

Mais recente, esse golpe começa com uma transferência real para a conta da vítima. Logo depois, o golpista entra em contato alegando que enviou o valor por engano e pede a devolução para outra chave pix, diferente da que fez a transação original.

Se a vítima cair na armadilha e transferir o dinheiro para essa nova chave, acaba ficando no prejuízo, pois a devolução verdadeira deveria ser feita pelo sistema automático do banco.

Como se proteger? Nunca devolva dinheiro para uma chave pix diferente da que enviou o valor. Use a opção “devolver” diretamente no aplicativo bancário. Isso garante que o dinheiro vá de volta à conta de origem, evitando prejuízos na hora dos golpes.


SOBRE A AUTORA

Jornalista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) com passagem pela BandNews, Portal RIC.com.br, JB Litoral e Massa FM. saiba mais