Por que a Chilli Beans deixou o dólar para adotar a moeda chinesa?
Marca brasileira aposta em moeda chinesa e expansão na Ásia; confira detalhes

A marca Chilli Beans aproveitou a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que ganhou força global em maio deste ano, para adotar uma nova estratégia de pagamento aos fornecedores chineses.
Pela primeira vez em 28 anos, a marca passou a realizar transações em renminbi, com o objetivo de manter a prática de forma permanente.
"Queremos continuar mantendo esta prática. A ideia é que o uso do dólar não volte nunca mais", afirmou o fundador e CEO Caito Maia em Podcast da Exame.
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A mudança trouxe ganhos significativos, especialmente na conversão cambial. O redirecionamento de estratégias comerciais, impulsionado pelo conflito entre as potências, fortaleceu a competitividade global da empresa.
"A ideia é que todas as transações com a China sejam diretas: moeda, compra e comércio", disse Maia.
A expansão asiática também está no radar. Além da China, a marca já conta com dez pontos de venda na Indonésia, um dos focos de crescimento nos próximos anos. A parceria com o mercado chinês tem mais de três décadas e envolve os mesmos parceiros há 25 anos, o que, segundo Maia, garante uma relação comercial sólida e ética.
Com meta de alcançar 3.200 lojas em cinco anos, a empresa aposta em projetos sustentáveis, como o Eco Chilli, que pretende levar contêineres adaptados para cidades com menos de 50 mil habitantes.
Com faturamento anual de R$ 1,4 bilhão, a Chilli Beans se prepara para dobrar o número de lojas e ampliar sua presença internacional, mantendo foco em inovação, sustentabilidade e diferenciação no mercado.