Ranking revela as cidades mais caras para viver em 2025; veja quem subiu e quem caiu
O relatório anual revelou como mudanças econômicas e prioridades de consumo estão redesenhando o mapa global do luxo
Pelo terceiro ano consecutivo, Cingapura lidera o ranking global das cidades mais caras para indivíduos de alta renda. A capital inglesa, Londres, aparece em segundo lugar, seguida por Hong Kong, de acordo com o relatório Julius Baer Global Wealth & Lifestyle 2025.
A pesquisa analisou o custo de vida de alto padrão em 25 centros financeiros e culturais ao redor do mundo. O estudo foca nos hábitos e prioridades de pessoas com alto patrimônio líquido (HNWIs), considerando, itens como imóveis de luxo, escolas particulares, jantares sofisticados e voos em classe executiva.
O relatório avaliou os preços médios de uma cesta de 20 bens e serviços em cada localidade, convertidos em dólares americanos. Os dados foram coletados entre novembro de 2024 e março de 2025, antes da imposição de novas tarifas por Donald Trump, em um cenário de possível guerra comercial.
Confira abaixo as 10 cidades mais caras para viver em 2025
1. Cingapura
2. Londres
3. Hong Kong
4. Mônaco
5. Zurique
6. Xangai
7. Dubai
8. Nova York
9. Paris
10. Milão
O relatório destaca o avanço de cidades asiáticas e do Oriente Médio no ranking. Dubai subiu cinco posições e alcançou o 7º lugar, ultrapassando Zurique. Bangkok e Tóquio também se destacaram, subindo seis posições cada, com forte impacto da alta nos preços de moda, relógios e imóveis.
Na Ásia-Pacífico, 65% dos entrevistados relataram aumento de gastos com hotéis e relógios, enquanto 63% aumentaram os gastos com moda feminina. No Oriente Médio, 52% relataram crescimento nas despesas com hotéis e 50% com joias finas.
Globalmente, os maiores aumentos ocorreram nos setores de viagens e hospitalidade, com destaque para jantares em restaurantes estrelados e hospedagem em hotéis cinco estrelas.
Segundo Rishabh Saksena, co-chefe dos especialistas em classe de ativos globais do Julius Baer, o crescimento da classe média alta em Bangkok impulsionou o mercado de luxo local, elevando a demanda por produtos e serviços refinados.
Cidades latinas
Em contrapartida, cidades latino-americanas perderam posições. São Paulo, que ocupava o 9º lugar há dois anos, caiu para o 16º em 2025. A Cidade do México também recuou, passando da 16ª para a 21ª colocação.
O continente americano registrou aumentos expressivos no turismo, com destaque para a elevação de 39,3% no preço de voos em classe executiva e de 17,5% no valor de suítes de hotéis. Cursos de MBA também apresentaram aumento médio de 8,6% na região.
Apesar dessas altas, o custo global médio para "viver bem" caiu 2% em dólares americanos entre 2024 e 2025.
No recorte latino-americano, a cidade de São Paulo segue sendo a mais cara da região, embora tenha perdido destaque no ranking global.
