Rico, pobre ou classe média: descubra em qual faixa de renda você realmente se encaixa

Novo estudo revela onde a maioria dos brasileiros se encaixa na pirâmide social e expõe a distância entre renda e hábitos de consumo

Desenho de bonecos em e balança de advocacia
A classificação revela não apenas renda, mas também condições materiais, infraestrutura e capitais sociais que moldam oportunidades. Créditos:Freepik.

Guynever Maropo 2 minutos de leitura

Muitos brasileiros não sabem exatamente em qual grupo econômico estão inseridos. Rico, pobre ou classe média? A percepção de pertencimento em cada uma destas classes varia conforme hábitos, renda e condições de vida, mas nem sempre corresponde à realidade.

Esse desencontro gera confusão sobre limites de renda e identidade de classe social. No entanto, é importante citar que o debate no Brasil sobre esse assunto avançou para além da divisão entre ricos e pobres, incorporando fatores como hábitos de consumo e capital cultural.

Nesse cenário, o Critério de Classificação Econômica Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), apresenta um retrato mais detalhado.

A metodologia considera renda familiar, escolaridade e infraestrutura domiciliar, além de estilo de vida e influência social. Com isso, a análise entrega uma fotografia mais precisa da população.

Indicadores que definem posição social

O método da ABEP avalia a escolaridade do chefe da família, a infraestrutura da residência, a renda total e o número de moradores. Essa composição reflete a diversidade econômica do país e segmenta a população em grupos comparáveis.

A renda não atua de forma isolada, já que educação formal, acesso a bens e padrões de consumo influenciam a classificação. Assim, o modelo vai além do dinheiro disponível no mês.

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Faixas de renda por classe

Apesar do método mais amplo, o recorte por renda ainda organiza as classes em patamares claros. O uso de salários mínimos facilita a compreensão.

  • Classe E: até R$ 2.824 (menos de 2 salários mínimos).
  • Classe D: de R$ 2.824 a R$ 5.648 (2 a 4 salários mínimos).
  • Classe C: de R$ 5.648 a R$ 14.120 (4 a 10 salários mínimos).
  • Classe B: de R$ 14.120 a R$ 28.240 (10 a 20 salários mínimos).
  • Classe A: acima de R$ 28.240 (mais de 20 salários mínimos).

Percentual da estrutura social

O retrato atual indica que 75% da população se concentra entre as classes C, D e E. A distribuição recente mostra:

  • Classe A: 2,9%.
  • Classe B1: 5,1%.
  • Classe B2: 16,7%.
  • Classe C1: 21%.
  • Classe C2: 26,4%.
  • Classe DE: 27,9%.

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Concentração de renda no Brasil

Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram a distância entre o topo e a base. Apenas 1% da população recebe mais de R$ 28.240, enquanto 90% vivem com menos de R$ 3,5 mil mensais.

Essas discrepâncias refletem a influência da escolaridade, infraestrutura e composição familiar, além do acesso a serviços e bens duráveis. A classificação econômica, portanto, combina fatores materiais e culturais que moldam trajetórias e revelam desigualdades.

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SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais