Starbucks faz reestruturação de US$ 1 bilhão, fecha lojas e demite 900 pessoas

Entenda o que leva a Gen Z, imersa no chamado "niilismo financeiro", a ter uma perspectiva econômica menos otimista e uma visão diferente sobre investimentos do que as gerações mais velhas

Starbucks faz reestruturação de US$ 1 bilhão, fecha lojas e demite 900 pessoas
Gary Hershorn via Getty Images

Mark Wilson 2 minutos de leitura

A Starbucks encerrará o ano com menos lojas e funcionários. No entanto, a marca afirma que tudo isso faz parte de uma recuperação ainda maior.

Hoje, a empresa anunciou que suas lojas na América do Norte serão reduzidas em 1% para o ano fiscal de 2025. A decisão levará a rede de cafeterias para 18.300 lojas no total.

Ao todo, 900 empregos serão cortados fora de suas cafeterias (ou seja, funções corporativas e outras).

PROMESSA DE AJUDA

A Starbucks sinaliza com ajuda e afirma que tentará alocar os baristas afetados em novas lojas.

"Para aqueles que não pudermos alocar imediatamente, estamos focados no atendimento aos parceiros, incluindo pacotes de rescisão abrangentes. Também esperamos receber muitos desses parceiros de volta à Starbucks no futuro. Isso à medida que novas cafeterias forem inauguradas e o número de parceiros em cada local aumentar", informou por meio de nota.

À ESPERA DA REVIRAVOLTA

O CEO Brian Niccol está no comando há um ano, sem conseguir interromper uma sequência de seis trimestres de queda nas vendas nas mesmas lojas. O executivo prometeu uma reviravolta no "Retorno à Starbucks", centrado em um melhor design de lojas, operações e experiência do cliente.

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Mas, enquanto enfrenta o escrutínio de uma Wall Street impaciente, o ex-chefe da Chipotle parece estar realocando gastos. O objetivo é impulsionar o crescimento da empresa e, ao mesmo tempo, compensar as despesas gerais.

FECHAMENTOS HOJE E CRESCIMENTO AMANHÃ

Um exame mais detalhado dos detalhes dessa reestruturação revela uma narrativa um pouco mais refinada do que o mero corte de custos. A Starbucks insiste que o plano de crescimento agressivo de Niccol, no qual ele aumentará o número de lojas em 2026 e prevê atingir 100.000 lojas globalmente um dia, ainda está intacto.

Em discurso na semana passada no Fast Company Innovation Festival, o CEO prometeu adicionar "centenas de milhares" de assentos de volta às lojas Starbucks. A empresa terá fechado centenas de cafeterias ao longo de 2025. Porém, já abriu lojas suficientes para compensar significativamente o número final anunciado.

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Em uma carta pública divulgada no site da Starbucks nesta quinta-feira (25), Niccol argumenta que este é o tipo de ajuste fino necessário para aprimorar a marca.

“Nosso objetivo é que cada cafeteria ofereça um espaço acolhedor, com uma ótima atmosfera e um assento para cada ocasião”, escreveu ele.

“Durante a revisão, identificamos cafeterias onde não conseguimos criar o ambiente físico que nossos clientes e parceiros esperam, ou onde não vemos um caminho para o desempenho financeiro, e esses locais serão fechados”, acrescentou o executivo.

EXPECTATIVA ELEVADA

A Starbucks disse à Fast Company que o status de representante sindical não foi um fator na decisão quando questionada se o fechamento de lojas estava desproporcionalmente focado em locais sindicalizados

De qualquer forma, a reestruturação mais ampla corrobora a tese mais abrangente de Niccol. Ao oferecer um serviço de maior ponto de contato, continuará a elevar o nível de expectativas de suas lojas e funcionários.

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Como Niccol mencionou durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre: “Planejamos concluir uma avaliação de nosso portfólio na América do Norte até o final deste ano fiscal para garantir que tenhamos as cafeterias certas nos locais certos para impulsionar a lucratividade e proporcionar a experiência Starbucks.”

Agora que isso está feito… podemos finalmente voltar ao Starbucks?


SOBRE O AUTOR

Mark Wilson é redator sênior da Fast Company. Escreve sobre design, tecnologia e cultura há quase 15 anos. saiba mais