Terras raras: entenda o que é o “ouro invisível” que pode revolucionar a tecnologia
O Brasil tem a segunda maior reserva mundial de terras raras; veja aplicações

As terras raras impulsionam inovação tecnológica e energias limpas no Brasil. Esses elementos químicos, essenciais em eletrônicos, motores e energia renovável, são estratégicos para o desenvolvimento científico e econômico do país.
Segundo pesquisa da USP, o Brasil possui a segunda maior reserva mundial de terras raras, mas sua exploração ainda é limitada pelo custo tecnológico de extração e separação.
A maior parte da matéria-prima precisa ser importada, especialmente da China, líder mundial na produção desses minerais.
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Aplicações tecnológicas e pesquisas inovadoras
As terras raras apresentam propriedades únicas, como intenso magnetismo e capacidade de absorção e emissão de luz, que permitem seu uso em lâmpadas de LED, lasers, superímãs, motores de carros elétricos e na separação de componentes do petróleo.
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Grupos da USP desenvolvem métodos de separação não poluentes baseados em nanotecnologia e aplicam terras raras em iluminação, lasers, produção de aço, células solares, filtros UV e catalisadores automotivos.
A universidade coordena um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) que acompanha toda a cadeia produtiva dos superímãs, da mina ao produto final, e apoia a instalação de uma fábrica de ímãs em Minas Gerais.
No cotidiano, as terras raras estão presentes em notebooks, smartphones e veículos. Elementos como neodímio e lantânio participam de alto-falantes, câmeras, baterias, telas e sistemas de vibração, tornando possível a funcionalidade de dispositivos modernos.
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Além disso, pesquisas indicam que esses minerais podem atuar como marcadores ópticos em documentos oficiais, como RGs, passaportes e cédulas, permitindo verificar a autenticidade dos itens por luminescência.
O potencial das terras raras vai além de aplicações já conhecidas, com possibilidades ainda em exploração em ciência e tecnologia.