Warren Buffett prepara sua carta de despedida; veja o que esperar
Aos 95 anos, o “Oráculo de Omaha” encerra uma era na Berkshire Hathaway com um último comunicado

Reconhecido como um dos investidores mais influentes do século XX e apelidado de “Oráculo de Omaha”, Warren Buffett encerra uma trajetória de quase seis décadas à frente da Berkshire Hathaway.
Aos 95 anos, o bilionário prepara sua última carta como CEO, que será divulgada ainda nesta segunda-feira (10), marcando o fim de uma era na companhia.
A partir de 2026, o vice-chairman Greg Abel assumirá a função de CEO e passará a assinar a tradicional carta anual aos acionistas. Buffett continuará como presidente do conselho, mantendo-se como referência estratégica e moral da empresa que ajudou a construir desde 1965.
A despedida ocorre em um momento de estabilidade para a Berkshire. As ações subiram 4,5% na última semana, e o lucro operacional cresceu 34% no terceiro trimestre, impulsionado pelos setores de energia e seguros.
A companhia encerrou setembro com US$ 381,7 bilhões (R$ 2 trilhões) em caixa, sem recompras de ações, decisão que indica sua visão cautelosa sobre o valor de mercado atual.
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Em sua carta final, o executivo deve abordar temas como filantropia e sucessão. Conhecido pela disciplina e simplicidade, Buffett sempre defendeu investimentos de longo prazo e foco em valor real, princípios que inspiraram gerações de acionistas em todo o mundo.
Valor da fortuna
Além do legado empresarial, Buffett reforça o compromisso de doar praticamente toda a fortuna, estimada em US$ 140 bilhões (cerca de R$ 770 bilhões). Desde 2006, o bilionário mantém o “My Philanthropic Pledge”, documento em que se compromete a destinar 99% de seus bens a causas sociais.
Os três filhos do investidor, Susan, Howard e Peter, devem ser nomeados oficialmente como responsáveis pela administração de um fundo de caridade criado pelo pai.
O modelo exige consenso nas decisões e distribui os recursos em até dez anos após a morte do patriarca. Cada um dos herdeiros atua em frentes diferentes, que vão desde justiça social e educação até combate à fome e apoio a comunidades indígenas.
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Com essa iniciativa, Buffett reafirma sua visão de que a riqueza deve servir ao bem coletivo, consolidando sua imagem como símbolo de prudência financeira e responsabilidade social.
Ao anunciar sua aposentadoria, Warren Buffett encerra um ciclo de liderança exemplar, marcado por lucros consistentes, ética empresarial e um compromisso filantrópico que deve moldar seu legado por gerações.