4 em cada 10 empresas nos EUA têm expectativa de mais demissões em 2024

Pesquisa aponta que o novo ano não será melhor para os trabalhadores em termos de cortes de empregos

Crédito: kyoshino/ iStock/ Alesia Kaz/ Unsplash

Shalene Gupta 1 minutos de leitura

O ano de 2023 viu o mercado de trabalho desacelerar, assim como o surgimento do “quiet firing” (algo como “corte discreto”) em contrapartida ao “quiet quiting” (demissão silenciosa). Agora, à medida que 2024 se aproxima, líderes de negócios esperam ver mais demissões e congelamento de contratações nos EUA.

O site ResumeBuilder.com conduziu uma pesquisa online com 906 líderes de negócios, que empregam no mínimo 11 trabalhadores com renda familiar de pelo menos US$ 50 mil. Alguns dos principais destaques:

● Prováveis demissões: 65% dos entrevistados promoveram cortes na força de trabalho este ano. Destes, 25% afirmaram ter demitido quase um terço dos funcionários. Olhando para 2024, 38% disseram acreditar que haverá mais demissões. Além disso, mais da metade afirmaram que sua empresa provavelmente vai congelar novas contratações.

● Substituição de funcionários por IA: sete em cada 10 empregadores entrevistados disseram que o motivo das demissões seria a redução de custos e quatro em cada 10 admitiram que seria porque estão substituindo trabalhadores por ferramentas de inteligência artificial.

● Líderes estão utilizando outras técnicas de redução de custos: Cerca de um terço dos empregadores reduziu bônus, um quinto reduziu benefícios e 12% reduziram salários. Quase metade dos que promoveram cortes salariais afirmaram que os níveis intermediários de gerência foram afetados, assim como os funcionários de nível inicial. Apenas 35% disseram que houve corte de executivos de alto escalão.

Segundo Julia Toothacre, estrategista de currículos e carreiras, esse último ponto significa que as empresas estão fazendo algo errado.

"A única situação em que a redução de salário é aceitável é quando os executivos ganham bem mais do que a média do mercado e muito mais do que a maioria dos funcionários que executam as atividades do dia a dia. Se o CEO e a equipe executiva não forem os primeiros a sofrer corte salarial, estão enviando uma mensagem para toda a empresa.”


SOBRE A AUTORA

Shalene Gupta é jornalista e escritora, co-autora do livro "The Power of Trust: How Companies Build It, Lose It, Regain It". saiba mais