Alertas de tempestade e raios de esperança no Fórum Econômico Mundial

Questões relativas ao meio ambiente e às mudanças tecnológicas dominam as discussões do evento em Davos

Crédito: Fast Company Brasil

Stephanie Mehta 2 minutos de leitura

Saudações do encontro anual do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Davos, Suíça. O evento começou oficialmente ontem (15 de janeiro) com um belo concerto e uma cerimônia de premiação celebrando líderes culturais que realizam trabalho humanitário inspirador.

Mas, para mim, Davos 2024 realmente começou na semana passada, em um tom muito mais sóbrio, com o lançamento do Relatório Anual de Riscos Globais do fórum.

Com base em uma pesquisa feita com cerca de 1,5 mil líderes de negócios, governos, organizações sem fins lucrativos e acadêmicos, além de uma pesquisa mais ampla de opinião executiva, a pesquisa conclui que as perspectivas para a sociedade e os negócios estão se deteriorando.

OS RISCOS À FRENTE

O relatório, que analisa riscos de curto e longo prazo, identifica desinformação, condições climáticas extremas, polarização social e "insegurança cibernética" como os quatro principais riscos globais nos próximos dois anos.

Os quatro principais riscos para 2034 são ambientais: eventos climáticos extremos, mudanças nos sistemas terrestres, perda de biodiversidade e escassez de recursos naturais.

De forma incisiva, os autores apresentam os cenários mais pessimistas do aquecimento global contínuo. Eles observam que muitas comunidades e países não serão capazes de absorver os efeitos das mudanças climáticas – que incluem escassez de água e alimentos, devastação de ecossistemas naturais e riscos à saúde devido ao calor extremo.

RAIOS DE ESPERANÇA

Os organizadores do WEF incentivam o otimismo, dizendo que, embora os riscos sejam grandes, os líderes empresariais e governamentais ainda têm a oportunidade de mitigá-los. No entanto, é difícil não ser pessimista.

Além das barreiras de financiamento e infraestrutura que muitos países enfrentam em seus esforços para combater as mudanças climáticas, estamos enfrentando crescentes desafios às iniciativas corporativas de ESG (de boas práticas ambientais, sociais e de governança), nas quais estão incluídos compromissos com a sustentabilidade.

Os principais riscos para 2034 são ambientais: eventos climáticos extremos, mudanças nos sistemas terrestres, perda de biodiversidade e escassez de recursos naturais.

Estou interessada em ouvir quais soluções os líderes empresariais e governamentais podem oferecer sobre como enfrentar esses riscos, e se há algo novo a ser dito. A cada ano, os participantes da conferência de Davos apresentam ideias que mudam o mundo. No entanto, também a cada ano, as preocupações ambientais lideram a lista de riscos "mais graves" a longo prazo do relatório.

Muitas dessas questões serão discutidas na sala de imprensa da Fast Company no Verizon Innovation Lounge, em Davos. O editor-chefe da Fast Company, Brendan Vaughan, está promovendo uma conversa apropriadamente chamada "Davos 2034!", que faz a pergunta: O que os líderes estarão discutindo em Davos daqui a 10 anos?

Se os otimistas estiverem certos, talvez tenhamos mitigado com sucesso os riscos de hoje – e, em 10 anos, não estaremos enfrentando riscos, mas focados em maneiras proativas de melhorar a sociedade e os negócios.

Quais questões você acha que os líderes empresariais e governamentais estarão discutindo daqui a 10 anos? Mande suas ideias para mim em stephaniemehta@mansueto.com.


SOBRE A AUTORA

Stephanie Mehta é CEO e chief content officer da Mansueto Ventures, controladora da Inc.e da Fast Company. saiba mais