Amazon e fundador do OnlyFans fazem ofertas pelo TikTok antes do prazo fatal

O TikTok enfrenta a ameaça de ser banido nos Estados Unidos, a menos que feche um acordo com um comprador não chinês até este sábado

Crédito: Eyetetix Studio/ Unsplash

Dawn Chmielewski, Anna Tong e Greg Bensinger 3 minutos de leitura

Com a aproximação do prazo final para encontrar um comprador – que expira neste sábado, dia 5 – para a operação do TikTok nos EUA, novos interessados continuam a surgir.

Amazon e, separadamente, um consórcio liderado pelo fundador do OnlyFans, Tim Stokely, são os mais recentes a entrar na disputa pela plataforma de vídeos curtos.

Autoridades dos EUA levantaram preocupações de segurança sobre os laços do aplicativo com a China, o que o TikTok e sua controladora, ByteDance, negam.

A startup Zoop, dirigida por Stokely, fez uma parceria com uma fundação de criptomoedas para apresentar uma proposta de compra do TikTok em estágio avançado, segundo a Reuters.

Um representante do governo dos EUA confirmou que a Amazon enviou uma carta ao vice-presidente JD Vance e ao secretário de comércio Howard Lutnick. A Amazon não quis comentar o assunto. TikTok e ByteDance não responderam aos pedidos de comentário.

Há muito tempo a Amazon tem ambições de criar sua própria rede social para impulsionar suas vendas e atrair um público mais jovem.

Em 2013, a empresa adquiriu o site de resenhas de livros Goodreads e, em 2014, comprou a plataforma de streaming Twitch por quase US$ 1 bilhão. Também testou um feed de vídeos curtos e fotos semelhante ao TikTok, chamado Inspire, que foi encerrado no início deste ano.

Em março, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que sua administração estava em contato com quatro grupos diferentes sobre a venda do TikTok, sem identificá-los.

Há muito tempo a Amazon tem ambições de criar sua própria rede social para atrair um público mais jovem.

A empresa de private equity Blackstone está em negociações para se juntar a acionistas não chineses da ByteDance, liderados pela Susquehanna International Group e pela General Atlantic, para investir capital na compra do TikTok nos EUA, segundo a Reuters.

A empresa de capital de risco Andreessen Horowitz também está discutindo a possibilidade de adicionar financiamento externo a um consórcio liderado pela Oracle e outros investidores dos EUA, que busca separar a operação do TikTok da ByteDance, conforme noticiado pelo Financial Times.

NOVA PROPOSTA DE COMPRA DO TIKTOK

Na última hora, a AppLovin confirmou que apresentou uma "manifestação preliminar de interesse" ao presidente Donald Trump em um documento protocolado na SEC nesta quinta-feira (dia 3), segundo o Business Insider.

A empresa, que auxilia desenvolvedores a divulgar e anunciar seus aplicativos, afirmou no documento que "não há garantias" de que uma transação envolvendo o TikTok será concretizada.

Não está claro como a AppLovin financiaria ou estruturaria um acordo, considerando o tamanho do negócio. As operações do TikTok nos EUA são estimadas em um valor de venda entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões.

As negociações, lideradas pela Casa Branca, envolvem planos para criar uma entidade independente do TikTok nos EUA e reduzir a participação chinesa para menos de 20%, conforme exigido por lei.

O "The New York Times" foi o primeiro a relatar a participação da Amazon na disputa. No entanto, diversas fontes envolvidas nas negociações não estão levando a oferta da Amazon a sério, segundo o jornal.

O futuro do aplicativo, utilizado por quase metade da população norte-americana, tornou-se incerto desde que uma lei de 2024, aprovada com amplo apoio tanto do Partido Republicano quanto do Democrata, determinou que a ByteDance deveria vender o TikTok até 19 de janeiro.

Autoridades em Washington argumentam que a propriedade do TikTok pela ByteDance o torna suscetível à influência do governo chinês, que poderia utilizar o app para operações de influência contra os EUA e para coletar dados dos usuários norte-americanos.


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