America Party: Musk anuncia criação de novo partido político; entenda
Nova briga entre Musk e Trump agita o cenário político dos EUA
A disputa entre o presidente republicano Donald Trump e Elon Musk, um de seus principais financiadores de campanha, ganhou um novo capítulo no último sábado (5) após o bilionário anunciar a criação de um partido político próprio.
A decisão foi uma resposta direta à sanção, por parte de Trump, de um projeto de lei que reduz impostos e amplia os gastos do governo, medida que Musk considera arriscada para a economia dos Estados Unidos.
De acordo com a agência de notícias Reuters, Musk oficializou a criação do "America Party" em sua rede social, a plataforma X. A iniciativa foi anunciada um dia após ele realizar uma enquete perguntando aos seguidores se o país deveria ter um novo partido político.
Na publicação, ele declarou: “Hoje, o Partido América foi formado para devolver a vocês sua liberdade”, reforçando que a demanda da população justificaria a criação do grupo. Veja o post abaixo:
O movimento ocorre em meio à insatisfação de Musk com os rumos fiscais do governo. Ele havia prometido anteriormente investir recursos para retirar do Congresso os parlamentares que apoiassem a legislação sancionada por Trump.
Em reação imediata, a gestora Azoria Partners anunciou o adiamento do lançamento de um fundo da Tesla, expressando preocupação com o envolvimento político de Musk. O CEO da empresa, James Fishback, solicitou ao conselho da Tesla esclarecimentos sobre o foco do empresário, alegando que a nova empreitada pode comprometer a confiança dos acionistas.
Além disso, Trump ameaçou recentemente cortar subsídios federais destinados a empresas de Musk, como a Tesla e a SpaceX. Internamente, o Partido Republicano já demonstra preocupação com os impactos que essa ruptura pode causar nas eleições legislativas de meio de mandato em 2026.
Elon Musk justificou sua mudança de postura ao ser questionado sobre seu distanciamento do Trump. Segundo ele, o aumento do déficit fiscal para US$ 2,5 trilhões, mesmo após os números considerados elevados sob a gestão Biden, poderia levar o país à falência.
