“Batalha do streaming” começa a afetar a Netflix

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A guerra do streaming definitivamente começou. Se até há pouco tempo a Netflix liderava tranquilamente o mercado de filmes e séries on demand, agora a companhia liderada por Ted Sarandos (co-CEO e CCO) e Reed Hastings (CEO) briga para aumentar o número de assinantes.

A plataforma divulgou números de desempenho do segundo trimestre do ano e o que se vê são duas realidades: uma nos EUA e Canadá, outra no restante do mundo.

Entre abril e junho de 2021, a Netflix perdeu 430 mil assinantes nos Estados Unidos e no Canadá – o mercado mais lucrativo para a empresa. Em compensação, adicionou outros 1,5 milhão de outros países, como Brasil e Índia. Em regiões como Europa, Oriente Médio e África o crescimento foi residual. 

Atualmente com 209 milhões de assinantes, a Netflix continua tendo a maior base de assinantes do mercado, mas tem o crescimento ameaçado por concorrentes como Disney+, HBO Max (que estreou no Brasil no final de junho) e Amazon Prime.

“A pandemia gerou uma instabilidade incomum que afetou o nosso crescimento”, afirmou a empresa em comunicado aos acionistas. A interrupção na produção de séries por causa do isolamento social foi um dos motivos elencados por analistas para justificar os números de desempenho.

“A falta de programação original de novos hits da empresa e o aumento da concorrência terá um impacto negativo no crescimento e na retenção de assinantes”, disse a Parrot Analytics em comunicado à imprensa, pouco antes de a Netflix anunciar os ganhos trimestrais, na terça-feira, 20.

“A Covid tornou difícil prever o futuro, mas com as produções de modo geral correndo suavemente até agora, estamos otimistas em relação à nossa capacidade de entregar um segundo semestre forte”, afirmou a Netflix na terça.

Os executivos da Netflix tentaram minimizar a atuação da concorrência – a Disney+ mais do que dobrou a participação no mercado (em relação ao ano anterior).

“​​Certamente, a compra da Fox pela Disney ajudou a Disney a se tornar mais um serviço de entretenimento geral, em vez de apenas algo para a criança e família”, disse Hastings. “(A fusão Time Warner-Discovery, dona da HBO Max) Se for aprovada, vai ajudá-los, mas não será tão significativa, eu diria, quanto a Disney-Fox.”

Outra notícia envolvendo a Netflix que chama a atenção é a entrada no mercado de assinatura de games. Os jogos devem ser desenvolvidos principalmente para celulares e poderão ser inspirados em séries como Stranger Things.


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