Câncer em pessoas com menos de 50 anos: epidemia global

Alimentação, estilo de vida e exposição a fatores ambientais durante a juventude podem favorecer o surgimento precoce da doença

Crédito: Ivan Samkov/ Pexels

Redação Fast Company 2 minutos de leitura

O câncer está se tornando uma tragédia cada vez mais comum. A American Cancer Society (Sociedade Americana de Câncer) estima que mais de 600 mil norte-americanos vão morrer por causa da doença este ano, e que quase dois milhões de novos casos serão diagnosticados.

Um novo estudo realizado pelo Boston’s Brigham and Women’s Hospital mostra que mais indivíduos com idade abaixo dos 50 anos estão sendo diagnosticadas com câncer, e que o significativo crescimento da taxa de pessoas jovens recebendo esse diagnóstico aponta para uma possível epidemia global.

Os casos de câncer de mama, intestino, esôfago, rim, fígado e pâncreas dispararam desde os anos 1990. De acordo com a pesquisa, o aumento do risco de a doença se instalar precocemente é uma tendência geracional, com um efeito de coorte relacionado à época do nascimento.

O efeito de coorte é utilizado para descrever variações nas características dos dados em um estudo ao longo do tempo, entre indivíduos que possuem em comum certas experiências de vida – no caso em questão, a idade.

o aumento do risco de a doença se instalar precocemente é uma tendência geracional.

Segundo o estudo, esse efeito de coorte sugere um papel importante da exposição precoce a fatores de risco no aumento da incidência de câncer em pessoas mais jovens.

Além da questão genética (ou seja, a incidência de genes relacionados ao câncer em grupos familiares), alimentação, estilo de vida e obesidade na juventude, bem como o meio ambiente e o microbioma, estão entre os fatores que podem influenciar o surgimento da doença mais cedo na vida, segundo os pesquisadores.  

“A influência sobre as taxas de câncer da exposição a esses fatores na juventude não é fácil de detectar, a não ser décadas mais tarde. Alimentos ultraprocessados, bem como mudanças no estilo de vida, no meio ambiente, comorbidades e outros fatores podem ter contribuído para esse quadro”, diz o estudo.

De acordo com os pesquisadores, maior atenção em relação ao problema e investigações mais detalhadas com base no histórico de saúde do paciente podem estimular as pessoas a tomarem consciência dos fatores de risco para a doença enquanto ainda são jovens.

Com base em texto de Samar Marwan.


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