CEO do Duolingo explica como usa IA e revela se haverá demissões
O anúncio do Duolingo sobre a mudança para um modelo “IA-first” gerou reações negativas de usuários e ameaças de cancelamento de assinaturas

O anúncio do Duolingo sobre a mudança para um modelo “IA-first” foi adiado para melhor contextualizar a estratégia, após gerar reação negativa de usuários e ameaças de cancelamento de assinaturas.
Segundo reportagem do The New York Times, o CEO Luis von Ahn explicou que a iniciativa visa aprimorar processos e não cortes de pessoal.
Ele afirmou que o Duolingo nunca demitiu funcionários em tempo integral e não planeja fazê-lo, mesmo com a implementação da Inteligência Artificial em todas as operações.
A empresa de US$ 15 bilhões, com 130 milhões de usuários mensais, utiliza terceirizados para funções temporárias, cujas contratações dependem de demandas operacionais e não de substituição de pessoas por IA.
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O memorando controverso de abril detalhou “restrições construtivas”, como a redução de contratados para tarefas que a Inteligência Artificial poderia assumir e a exigência de comprovação de que a tecnologia não consegue realizar determinadas atividades antes de novas contratações.
O anúncio provocou críticas e protestos nas redes sociais, com usuários associando a medida a cortes de empregos.
IA como ferramenta de produtividade
O Duolingo reforçou que a Inteligência Artificial tem o objetivo de aumentar a produtividade, permitindo que cada funcionário execute mais tarefas sem reduzir o quadro de pessoal.
A empresa criou os “frAI-days”, sessões semanais em que as equipes experimentam melhorias na eficiência proporcionadas pela IA.
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Von Ahn destacou a transparência do Duolingo na adoção da Inteligência Artificial, esclarecendo que a reação negativa decorreu de interpretações equivocadas, que associaram a tecnologia apenas à redução de custos.
A plataforma, fundada em 2011, já utilizava a Inteligência Artificial em suas funcionalidades, mas acelerou a integração após avanços recentes em modelos de linguagem.
O Duolingo agora oferece prática de conversação com IA, auxiliando usuários que relutam em praticar com pessoas. Apesar da controvérsia, a empresa registrou crescimento superior a 20% no número de usuários ano a ano, mostrando que o impacto nos negócios foi limitado.