Corrida da IA: Trump planeja decretos para acelerar o desenvolvimento da tecnologia
Confira como novas medidas inéditas podem redefinir a posição dos EUA na disputa global pela liderança tecnológica

O governo de Donald Trump planeja decretos para impulsionar a expansão da Inteligência Artificial (IA) nos Estados Unidos por meio do aumento da oferta de energia.
De acordo com a Reuters, os Estados Unidos e a China disputam uma corrida tecnológica com implicações econômicas e militares. O alto consumo energético da IA pressiona concessionárias e redes elétricas em diversos estados. Em resposta, o governo avalia ações como facilitar a conexão de novos projetos de geração de energia à rede nacional e liberar terras federais para construção de data centers.
A administração também pretende lançar um plano de ação para a IA e promover eventos públicos que atraiam atenção para os esforços.
Estudos mostram que treinar modelos de IA em larga escala exige volumes crescentes de energia. A consultoria Grid Strategies projeta que, entre 2024 e 2029, a demanda elétrica nos EUA crescerá cinco vezes mais que o previsto em 2022. Já a Deloitte estima que o consumo dos data centers de IA poderá crescer mais de trinta vezes até 2035.
Hoje, a expansão da geração elétrica enfrenta obstáculos como estudos de impacto ambiental prolongados e infraestrutura de transmissão sobrecarregada. Entre as propostas avaliadas está a priorização de projetos energéticos mais avançados na fila de conexão à rede. A localização de data centers também preocupa, devido às exigências de espaço, infraestrutura e aprovação local.
As ordens executivas podem autorizar o uso de terras administradas pelos departamentos de Defesa e do Interior. Outra medida seria a criação de uma licença nacional vinculada à Lei da Água Limpa, o que eliminaria a necessidade de aprovações estaduais para instalação de data centers.
Em janeiro, Donald Trump recebeu CEOs de grandes empresas de tecnologia na Casa Branca para destacar o Projeto Stargate, liderado pela OpenAI e SoftBank, voltado à criação de centros de dados e geração de mais de 100 mil empregos. Desde o início do mandato, o presidente declarou uma emergência energética nacional para eliminar barreiras regulatórias e ampliar a capacidade de geração por petróleo, gás, carvão e energia nuclear.