DTV+: quando Lula assinará o decreto da TV 3.0? Veja detalhes

A nova geração da televisão aberta promete mais interatividade; entenda

Pessoa assistindo televisão
A implementação será escalonada, começando pelas capitais. O processo de transição deve durar de 10 a 15 anos, com convivência entre os sistemas atual e novo. Créditos:Pixabay.

Guynever Maropo 2 minutos de leitura

O governo Lula adiou a assinatura do decreto da TV 3.0, prevista para a manhã desta terça-feira (19), e remarcou o evento para o dia 27 de agosto. A justificativa oficial foi a coincidência de data com o Set Expo, maior feira de mídia e entretenimento do país.

O adiamento levantou suspeitas de divergências internas, já que havia planejamento para transmissão simultânea do ato. O tema é alvo de disputas desde o governo anterior, com pressões entre modelos americano, europeu e japonês.

O que é a TV 3.0?

O Brasil prepara a adoção da TV 3.0, prevista para começar em 2026. A tecnologia integra a TV aberta com a internet e promete oferecer mais interatividade e qualidade ao público. O sistema deve transformar a experiência de assistir televisão no país.

Leia também: Anatel alerta: TV Box pirata pode transformar sua casa em alvo de hackers; entenda como.

Entre as novidades estão imagem em 4K com HDR, áudio imersivo e maior personalização de conteúdo. O telespectador poderá rever trechos de programas, acessar informações extras e até realizar compras diretamente pela tela.

A TV 3.0 permitirá ainda múltiplos ângulos de câmera em eventos, enquetes em tempo real e sincronismo com plataformas de streaming. O modelo terá sinal aberto e gratuito, mas exigirá adaptadores compatíveis, estimados em torno de R$ 400.

A implementação será escalonada, começando pelas capitais. O processo de transição deve durar de 10 a 15 anos, com convivência entre os sistemas atual e novo. Os primeiros testes já ocorrem no Rio de Janeiro.

O governo prevê R$ 2 bilhões em investimentos até 2026. A meta é consolidar a tecnologia a tempo da Copa do Mundo da FIFA, quando as primeiras transmissões em larga escala devem ocorrer.

Você pode se interessar também:

Modelo híbrido e disputa internacional

A escolha do padrão resultou em um modelo híbrido, que combina tecnologias de diversos países, incluindo EUA, Japão, Coreia do Sul e União Europeia. O sistema brasileiro reúne mais de mil patentes internacionais.

Essa decisão buscou neutralizar pressões políticas e comerciais, além de estimular a indústria nacional. O setor de radiodifusão defende que a TV 3.0 abrirá espaço para novas formas de publicidade segmentada e inovação nos serviços digitais.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais