Este é o argumento principal da Meta para não ser forçada a vender Instagram e WhatsApp

Empresa tenta convencer Justiça de que não tem monopólio ao destacar força de concorrentes

Instagram e Tik Tok brigando
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou que Facebook e Instagram evoluíram para plataformas de entretenimento, aproximando-se do modelo do TikTok. Créditos: imagem criada com auxílio de IA via ChatGPT

Guynever Maropo 1 minutos de leitura

A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, tem usado a popularidade do TikTok como peça central em sua defesa no julgamento movido pela Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC). A ação, que pode resultar na divisão da empresa, acusa a gigante da tecnologia de manter um monopólio ilegal ao adquirir plataformas rivais e sufocar a concorrência.

Segundo reportagem do Wall Street Journal, para a FTC, as compras de Instagram e WhatsApp eliminaram possíveis competidores, consolidando o domínio da Meta no mercado de redes sociais voltadas à conexão entre amigos e familiares. No entanto, a Meta usa como principal argumento contrário que seu domínio não se sustenta diante do crescimento de aplicativos como o TikTok e o YouTube.

Durante o julgamento, a empresa destacou documentos internos do TikTok em que Instagram e YouTube são citados como seus principais concorrentes. Também argumentou que os formatos das plataformas se assemelham cada vez mais, com foco comum em vídeos curtos e entretenimento  o que, segundo a defesa, confirma a existência de forte concorrência.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou que Facebook e Instagram evoluíram para plataformas de entretenimento, aproximando-se do modelo do TikTok. A empresa tenta mostrar que o ambiente atual é competitivo e que o cenário mudou significativamente desde as aquisições.

O cofundador do Instagram, Kevin Systrom, testemunhou a favor da FTC e disse que a rede poderia ter competido com o Facebook se tivesse seguido de forma independente. Ainda assim, reconheceu que o apoio da Meta foi crucial para o crescimento do Instagram após a compra.

O julgamento, conduzido pelo juiz James Boasberg, seguirá nas próximas semanas. O resultado pode ter impacto direto no futuro da Meta e nas regras de atuação das grandes empresas de tecnologia


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais