Foodtech fatura R$ 1 milhão combatendo o desperdício de comida

Food to Save vende o excedente de estabelecimentos parceiros com descontos de até 70%

Crédito: Fast Company Brasil

Redação Fast Company Brasil 2 minutos de leitura

Segundo o Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 41 mil toneladas de alimentos em perfeitas condições deixam de ser aproveitadas. Muitas startups tem se dedicado a lutar contra esse tipo de desperdício. Unindo propósito e um modelo de negócio sustentável, a Food to Save vende excedentes de restaurantes parceiros com descontos.

“Acreditamos que toda iniciativa com foco no combate ao desperdício de alimentos é super bem-vinda. Atualmente desperdiçamos um terço de tudo o que é produzido, o que mostra uma grande oportunidade para iniciativas que mudem esse cenário”, afirma Lucas Infante, CEO e cofundador da empresa.

Para o consumidor, a operação é simples: basta acessar o aplicativo, escolher o estabelecimento, a Sacola Surpresa e o tamanho. O parceiro envia os itens que se encaixarem dentro da opção e que seriam descartados ou, se preferir, a pessoa pode retirar no local.

Para abrir o negócio, no ano passado, Infante e os sócios Murilo Ambrogi, Fernando Henrique e Guido Bruzadin investiram R$300 mil. Hoje a startup conta com 20 colaboradores e conseguiu faturar R$ 1 milhão no primeiro ano de operação.

Desde sua fundação, a Food to Save já vendeu mais de 130 mil Sacolas Surpresa e evitou o descarte de mais de 195 toneladas de alimentos na capital paulista, Grande ABC, Campinas e, recentemente, na cidade do Rio de Janeiro.

Além do combate ao desperdício de comida, a startup evitou que mais de 250 toneladas de CO2 fossem parar na atmosfera, reduzindo drasticamente os danos à natureza.

Os itens colocados nas sacolas são alimentos não vendidos e que demandam consumo imediato, produtos próximos ao vencimento da data de validade e com pequenas imperfeições, mas perfeitamente consumíveis.

“Graça a um modelo simples e sustentável, vendemos aos usuários do nosso aplicativo o excedente de produção dos estabelecimentos parceiros com descontos de até 70%”, explica Infante.

Rei do Mate, Dengo Chocolates, Havanna, Duckbill, padaria Bella Paulista (em São Paulo) e Brownie do Luiz (no Rio) são alguns dos parceiros.  A Food to Save iniciou o ano com mais de 300 mil downloads do aplicativo, de 700 estabelecimentos parceiros e contabiliza 100 mil pedidos no aplicativo.

A foodtech acaba passar por uma primeira rodada de investimento (conhecida como captação pré-seed) no valor de R$1,5 milhão e segue com o projeto de expansão para todo o país. A meta é passar a marca de 500 toneladas de alimentos resgatados e ampliar a operação para estados vizinhos, como Minas Gerais e Paraná até o final do ano.

“Estamos em uma onda muito positiva. Atualmente temos um crescimento orgânico e natural, com os usuários compartilhando experiências reais nas redes sociais e impulsionando visibilidade” diz Infante. “Esse tipo de iniciativa favorece a mudança do mindset da sociedade em relação ao desperdício de alimentos”, acredita.


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