Funcionários ainda têm medo de discutir saúde mental no trabalho
Conforme a pandemia foi se prolongando, o mundo todo passou a dar mais atenção para questões ligadas à saúde mental. Na virada de 2021 para 2022, o neurocirurgião Sanjay Gupta, que também é repórter da CNN, alertou para o aumento dos problemas de saúde mental nos últimos anos. Em 2020, 42% das pessoas relataram sofrimento psicológico, em comparação com 32% em 2018.
Mesmo assim, de acordo com uma nova pesquisa Fast Company-Harris, os empregadores estão atrasados quando se trata de fornecer serviços de saúde mental. As principais descobertas dessa pesquisa, feita com 1.079 adultos norte-americanos, foram as seguintes:
Os funcionários reclamam que a saúde mental ainda é um tabu
De acordo com o estudo, 86% dos funcionários dizem que a conscientização sobre saúde mental no trabalho é importante para eles, 77% acreditam que a saúde mental não é suficientemente debatida na empresa e 58% dizem que não se sentem à vontade para discutir sua saúde mental no trabalho.
Os empregadores não estão fornecendo os recursos necessários para os cuidados com a saúde mental
Enquanto 81% dos trabalhadores acreditam que os empregadores têm a obrigação de priorizar a saúde mental de seus funcionários, apenas 30% dizem que seu empregador fornece acesso a serviços de saúde mental. No geral, 21% disseram que o tempo de folga remunerado ilimitado seria sua principal escolha como benefício de saúde/ bem-estar mental, em comparação com 9% cuja escolha seria um horário de trabalho flexível.
A saúde mental afeta o trabalho (e vice-versa)
Entre os entrevistados, 47% dos funcionários disseram que o trabalho afetou negativamente sua saúde mental. Além disso, 43% disseram que sua saúde mental impactou negativamente o desempenho no trabalho.
“Falar sobre saúde mental no ambiente de trabalho é importante, mas não substitui as ações”, diz Will Johnson, CEO da Harris Poll. “É na hora de agir que os empregadores estão deixando a desejar.”